Cotidiano

Credores da Oi selam parceria com empresário egípcio

RIO – O principal grupo de credores no exterior da Oi estabeleceu um acordo de colaboração mútua com o empresário egípcio Naguib Sawiris, que está a frente do Grupo Sawiris. O objetivo é trabalhar em parceria para buscar um plano alternativo para a Oi, que está em recuperação judicial que prevê a injeção de capital.

oi_1010Esse grupo de credores é composto basicamente por investidores que compraram títulos emitidos pela Oi no exterior (os chamados bonds). Esse grupo, formado por cerca de 42% de todos os credores no exterior, conta com a assessoria financeira da Moelis & Company. O Grupo Sawiris conta com 120 milhões de assinantes em telecomunicações com operações no Oriente Médio, África, Ásia e América do Norte.

“Sawiris e sua equipe de gestão, juntamente com o comitê diretivo, vão colaborar para desenvolver um plano alternativo de recuperação com o apoio dos demais credores da Oi outros stakeholders que efetivamente enderece os desafios da estrutura de capital da Oi”, disse o grupo de credores em comunicado. O trabalho ainda inclui um plano de operação a ser implementado pós a recuperação judicial.

O grupo Sawiris declarou estar confiante na perspectiva do Brasil. “Nós acreditamos que ao apoiar o comitê de bondholders, junto com a nossa experiência no segmento, nós ajudaremos a Oi em uma solução ganha-ganha a atingir resultados positivos para todos os interessados?, disse a empresa em nota.

Otavio Guazzelli, do Moelis & Company, consultor financeiro do comitê de bondholder, complementa que ?estabelecer um acordo de colaboração mútua com o Grupo Sawiris é um passo importante para formular um plano de reorganização justo, que vai atingir os objetivos dos credores da Oi. Estamos muito honrados com a oportunidade de trabalhar com um empresário da estatura e as credenciais do Sr. Sawiris?. Apesar do desapontamento com a falta de engajamentos da Oi em negociar o plano de recuperação com os seus principais grupos de credores, o comitê de bondholders continua acreditando em uma solução consensual”.