Cotidiano

Consultórios na Barra têm novidade na odontologia e na cirurgia plástica

2016 913852449-201606032144301529.jpg_20160621.jpgRIO ? O armazenamento de células-tronco do cordão umbilical, para combater doenças sanguíneas, já é feito desde a década de 1990. Agora, as pesquisas começam a coletar células-tronco do dente de leite de crianças com idades entre 9 e 12 anos e congelá-las para, futuramente, usá-las no combate às doenças degenerativas. Simultaneamente, uma prótese de silicone já vendida na Europa, e com chegada ao Brasil prevista para 2017, promete mais segurança a mulheres que queiram fazer implantes mamários. Estas são algumas das novidades que começam a provocar movimentação em consultórios da Barra.

A retirada de células-tronco de dentes de leite já é feita pelo dentista Mario Groisman, especialista em periodontia e implantodontia, que envia o material para ser armazenado em São Paulo. Groisman explica que se trata de um investimento no futuro, pois as pesquisas ainda estão em desenvolvimento. Uma delas, inclusive, está bem adiantada, e é feita pela brasileira Daniela Bueno, do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, que já faz ?nascer osso? em bocas de crianças com lábio leporino, fazendo da nova técnica uma substituta do enxerto de ossos retirados da bacia. Outras pesquisas estudam maneiras de repor a musculatura e produzir cartilagem e pele a partir deste tipo de célula.

No consultório, Groisman escolhe o dente mais adequado, de acordo com seu tamanho e estado, e seleciona a polpa com as células que poderão ser usadas.

? Não é uma solução para hoje, mas a gente vislumbra que será no futuro. Por isso é importante já armazenar a célula ? afirma o dentista.

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No ramo da cirurgia plástica, a novidade é um microchip instalado no interior da prótese, que armazena informações como tamanho exato e seu número de série, dados que a paciente nem sempre tem e são importantes em caso de troca ou aumento. O modelo, desenvolvido com tecnologia exclusiva da marca Motiva, é fabricada pela Establishment Labs, e, atualmente, comercializada e implantada somente na Europa.

A cirurgiã plástica Hazel Fischdick, discípula de Ivo Pitanguy, é uma das entusiastas da novidade. No momento, explica, a prótese está em fase de aprovação no Brasil, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A previsão de liberação para comercialização é o início do próximo ano. Hazel pretende oferecer a prótese inteligente em seu consultório tão logo ela seja lançada.

? Eu tenho acompanhado estudos que tratam sobre outras possibilidades trazidas por esse implante. Avalia-se se o microchip conseguiria indicar também aumento de temperatura e alteração na pressão local, que são indicadores de inflamação e contratura capsular, por exemplo ? explica a médica.