Cotidiano

Congresso libera R$ 3 bi para órgãos internacionais

2016_904611336-201604221242165205_AFP.jpg_20160422.jpg

BRASÍLIA – Derrotando obstrução da oposição ? PT, PCdoB, PSOL, Rede e PDT ? o governo aprovou, em sessão do Congresso Nacional, Projeto de Lei que abre crédito suplementar de R$ 3 bilhões para começar a quitar dívidas não pagas pelo governo Dilma Rousseff com organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas(ONU) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O rombo deixado pelo governo anterior já chega a R$ 3,2 bilhões. Se o montante não fosse pago, o Brasil perderia o direito a voto nos próximos meses na tomada de decisões em fóruns financeiros globais. Poderia também perder o direito como país que faz o primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU.

Segundo o parecer do relator Flexa Ribeiro (PSDB-PA), no Senado, com a regularização dos débitos, o país pode voltar ?a usufruir dos benefícios de participação?, no âmbito de organismos internacionais, bancos e fundos multilaterais de desenvolvimento, e deixe de sofrer sanções e enfrentar constrangimentos que afetem negativamente a percepção da comunidade internacional a respeito do Brasil?.

Em seu discurso de defesa do projeto, o líder do Governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), disse que o governo anterior não tinha cumprido os compromissos assumidos com os organismos internacionais.

_ Vamos colocar essas dívidas em dia, apagar essa vergonha, a inadimplência dos compromissos assumidos, para que a voz do Brasil se faça ouvir em defesa dos interesses globais _ disse Aloysio Nunes.

Durante toda a sessão, presidida pelo interino Waldir Maranhão(PR-MA)e depois por Renan Calheiros (PMDB-AL), parlamentares da Oposição tentaram impedir a votação, alegando que a prioridade deve ser a destinação de recursos para saúde e educação, que ficariam congelados por 20 anos com a aprovação da PEC 241, que institui o teto de gastos.A deputada Érica Cokay (PT-DF) apresentou um requerimento de retirada de pauta, mas foi derrubado.