NITERÓI – Na primeira semana de operação dos radares fixos na Ponte Rio-Niterói ? entre os dias 1º e 7 ?, o número de acidentes caiu 72%, se comparado com o mesmo período do ano passado: de 29 ocorrências com 65 vítimas para oito com 14 vítimas. A previsão é que as multas só comecem a ser aplicadas em 1º de julho, mas a possibilidade de já identificar os veículos que passam acima da velocidade máxima permitida, de 80 km/h, foi o suficiente para deixar os motoristas mais cautelosos. Ainda assim, 30 mil veículos passaram pela Ponte acima do limite de velocidade nesse mesmo período, de acordo com a Ecoponte, concessionária que administra a via.
A concessionária também comparou o número de acidentes da primeira semana de funcionamento dos radares com o mesmo período de maio, quando foram registradas 18 ocorrências: foram 11 casos a menos. Para a Ecoponte, a operação dos radares móveis usados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) desde o início do ano, já vinha contribuindo para a redução.
? Comparando com o início do mês de maio, já vemos uma queda significativa. Com o início da operação dos radares fixos, há pouco mais de uma semana, percebemos uma redução ainda maior. Os números que temos é apenas uma amostragem, mas ilustra uma tendência que pode crescer à medida em que mais pessoas fiquem sabendo do funcionamento dos radares ? explica o gerente de atendimento ao usuário da Ecoponte, Júlio Amorim.
MOTORISTA FLAGRADO A 160 KM/H
Os radares estão instalados em quatro pontos no sentido Rio e noutros quatro no sentido Niterói, com uma média de um equipamento a cada três quilômetros. Na direção do Rio, os radares ficam após o pedágio e próximo à Ilha de Mocanguê; na descida do vão central; na grande reta e na reta do cais. No sentido inverso, foram instalados na reta do cais; na grande curva; na descida do vão central, após a Ilha de Mocanguê; e na chegada ao pedágio. Segundo Amorim, o controle dos veículos que passam acima do limite de 80 km/h tem caráter educativo nesta fase da implantação:
? Os radares já estão em perfeito funcionamento. A opção por não aplicar multas agora foi tomada em conjunto com a PRF para que as pessoas conheçam e se acostumem com a fiscalização. Não temos interesse algum em multar. Para nós, o radar tem função educativa. Nosso interesse é que ninguém passe acima da velocidade porque isso reduz os acidentes. Só com a informação de que os radares já estão funcionando, eles diminuíram. Mas ainda tem gente passando na Ponte a 160 km/h.
Apesar de o início da aplicação das multas estar previsto para o dia 1º de julho, o porta-voz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), José Hélio, diz que faltam algumas pendências:
? Isso envolve uma série de questões burocráticas para homologar o funcionamento dos radares que estão em fase final junto aos órgãos competentes. Também avaliaremos se o período de divulgação foi suficiente para o conhecimento dos usuários.