BRASÍLIA ? A deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ) subiu à tribuna nesta segunda-feira para criticar o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto herdado do pai, o ex-governador Anthony Garotinho, ex-aliado de Cunha.
Evangélica como o deputado afastado, Clarissa citou um trecho da Bíblia para atacar o peemedebista, ao dizer que ele tinha muito “amor ao dinheiro”:
? Não gosto de misturar as coisas, mas o deputado Eduardo Cunha, que afirma ser evangélico, deveria se lembrar de umas passagens da Bíblia: ela diz que ‘o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males’, e esse talvez tenha sido o seu maior erro ? criticou a deputada.
Numa fala inflamada, Clarissa chegou a comparar o ex-presidente da Câmara a Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF indiciado por crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, falsidade ideológica e falsificação de documento público.
? Eduardo Cunha é um mafioso da pior espécie, teve coragem de colocar milhões de dólares na conta de uma menina, sua filha, e também usou sua mulher para encobrir falcatruas.
A deputada afirmou ainda que, se a corrupção pudesse ter um rosto, seria o de Cunha.
? Se a corrupção pudesse ter uma face esculpida, um quadro pintado, ele seria certamente de Eduardo Cunha. Mais do que mentiroso, ele é um cínico, frio e calculista ? atacou.
A deputada lembrou ainda que, na sessão da CPI da Petrobras na qual Cunha negou ter contas na Suíça ? motivo pelo qual foi aberta representação no Conselho de Ética contra ele ?, ela o questionou sobre isso por ter certeza de que ele, a quem chamou de “mentiroso contumaz”, não falaria a verdade.
? Eu fiz a pergunta com a convicção de que um mentiroso contumaz não falaria a verdade.