HANGZHOU – O presidente chinês, Xi Jinping, defendeu neste sábado a importância das reformas para manter uma taxa de crescimento de média a elevada da economia do país, no momento em que a China avança com reformas estruturais que incluem a redução da capacidade de produção na indústria.
Em encontro com empresários no âmbito da cúpula do G-20 (as 20 maiores economias do mundo), Xi disse que as políticas fiscal e monetária devem ser combinadas com reformas estruturais para promover o crescimento e alertou que o isolacionismo não resolve os problemas enfrentados hoje pela economia global.
? Devemos nos apoiar nas reformas para manter uma taxa de crescimento média a elevada. Não avançar (nas reformas) vai nos fazer perder oportunidades. A China tornou clara a direção das reformas e não vai hesitar. Os passos da reforma vão acelerar, não diminuir a marcha ? afirmou o presidente chinês.
O presidente chinês destacou que a estratégia de cortar o excesso de capacidade de produção nos setores de siderurgia e carvão levou em consideração o crescimento de longo prazo e os ajustes estruturais. Os Estados Unidos vêm pressionando a China para acelerar os esforços na redução da capacidade da indústria.
? Em relação aos cortes de capacidade de produção, a medida da China é a mais forte e mais prática, vamos cumprir nossas promessas.
Xi Jinping afirmou que é preciso enfrentar as resistências de interesses particulares para avançar com as mudanças, com o objetivo de deixar que as forças do mercado tenham papel decisivo na alocação dos recursos. Ele apontou que vai continuar a estimular a internacionalização do yuan e que gradualmente vai abrir a conta de capitais do país.
Segundo ele, a recuperação econômica global se mantém fraca e os países do G-20 devem tomar medidas para estimular o comércio e o investimento, ainda que haja desafios como a crise de refugiados, o aquecimento global e o terrorismo.
O presidente chinês também se declarou comprometido com a manutenção da paz, em um momento que a China desperta tensão na região com sua posição assertiva em disputas como a do Mar do Sul da China e programa de modernização do Exército.
? Buscar harmonia e coexistência tem estado na genética da nação chinesa em toda a sua história e representa a essência da civilização oriental. A lógica de que um país forte vai buscar a hegemonia não se aplica mais e o uso intencional de força não leva a lugar nenhum ? disse.