RIO ? A Chancelaria do México autorizou, nesta sexta-feira, a extradição de Joaquín ?El-Chapo? Guzmán para os Estados Unidos. Guzmán é o líder do cartel de drogas de Sinaloa. A decisão vem duas semanas depois de a Justiça autorizar a extradição, dependendo apenas do aval do Ministério do Exterior. Os EUA teriam se comprometido a não condenar Guzmán à pena de morte, já que o México não permite essa sentença.
A defesa do traficante tem 30 dias para recorrer, e os seus advogados já afirmaram que exercerão esse direito. Andres Granados, um dos advogados de Guzmán, afirmou que pode levar o caso até à Suprema Corte mexicana para impedir que seu cliente seja extraditado. Devido aos possíveis recursos, a extradição, se acontecer, ainda pode levar meses.
Em 2009, Guzmán e outros líderes de cartéis foram acusados de enviar milhares de toneladas de cocaína aos EUA entre 1990 e 2005, além de dividirem rotas para transporte de drogas e obter os entorpecentes de organizações criminosas da Colômbia.
Atuamente, o traficante está preso no México. Neste mês, entretanto, ele foi transferido, sob forte operação de segurança, da cadeia de Altipano, no centro do país, para outra em Ciudad Juárez, próxima à fronteira com os EUA, o que facilitaria sua extradição.
Em julho de 2015, El Chapo fugiu da prisão de Altipano por meio de um túnel sob a cela, aproveitando-se de um ponto cego na câmera de segurança. Ele já havia escapado de outra cadeia, a de Jalisco, em 2001.