Faltando pouco mais de duas semanas para o Natal, já está na hora de pensar em como será a tradicional ceia. As frutas que colorem a mesa e enfeitam os pratos típicos é uma das opções que não podem faltar nesta época do ano.
E quem não quer gastar muito, uma boa notícia. Segundo o analista de mercado da Ceasa (Central de Abastecimento) de Cascavel, Olivar da Rocha, os produtos que acompanham a ceia natalina e são distribuídos na Central aos supermercados estão 20% mais baratos em relação ao mesmo período de 2016.
A redução nos preços ocorre por conta da boa safra de pêssego, nectarina, ameixa e uva, registradas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, principais fornecedores dos produtos ao município.
“Para o consumidor final isso é muito bom, mas só é possível vender mais barato quando há uma oferta maior. Neste ano, o clima ajudou muito, as temperaturas ficaram amenas, houve chuva no tempo certo, o que contribuiu para que esses valores pudessem ser aplicados”, explica Rocha.
A expectativa é de que a Ceasa receba mais de 300 toneladas por mês das frutas de caroço até fevereiro.
Nas gôndolas
Nos supermercados, o quilo das frutas utilizadas para a ceia natalina custa em média R$ 4,99 (pêssego), R$ 8,98 (ameixa), R$ 3,99 (uva niágara) e R$ 6,99 (nectarina).
De acordo com o gerente de uma rede de supermercados em Cascavel, Gilmar Gomes, a expectativa é de que na semana do Natal sejam feitas algumas ofertas, comum para a época do ano.
Uva da região
A uva niágara, que vem dos estados vizinhos, terá um reforço nos próximos dias. É que os produtores das cidades de Toledo, Corbélia, Guaraniaçu e Laranjeiras do Sul começam a colheita da fruta, que segue no mercado local pelo menos até fevereiro do ano que vem, de acordo com Rocha.
“Daqui uns dias entra a safra da região e a tendência é de que o preço da uva caia mais ainda. Nos dias que antecedem o Natal os valores vão estar ainda mais atrativos”, diz o analista.
Tomate e batata por até R$ 2 o quilo
E quem pensa que os preços baixos param por aí, se engana. Outros dois produtos bastante consumidos tiveram queda de 30% no valor final. É o caso da batata e do tomate longa vida, que juntos respondem por 800 toneladas de tudo que é recebido por mês na Ceasa de Cascavel.
Conforme o analista de mercado Olivar da Rocha, o preço do quilo da batata nos supermercados ficará, até março, em torno de R$ 1,50, com exceção dos dias de promoções. Já o tomate está com custo médio de R$ 2 o quilo.
“Esses valores também são resultado de uma safra de qualidade. Aumentou muito a oferta no mercado, principalmente por conta da entrada da safra paranaense na segunda quinzena de novembro”, relata Rocha.
A batata, conforme o analista, vem de Irati e Guarapuava, enquanto o tomate longa vida é produzido na região Norte do Paraná. “É normal que nesta época do ano haja redução nos preços. A batata ainda pode ter alguma oscilação, especialmente se der uma semana de chuva e a colheita for interrompida. Mas, a tendência do mercado é continuar com preço baixo até o início do ano”, comenta.