Cotidiano

Carne Fraca: PF pede prorrogação de prisões temporárias de suspeitos

65802846_Curitiba PR 17-03-2017 - Coletiva de imprensa sobre a Operação Carne Fraca para combater c.jpg

CURITIBA – A Polícia Federal (PF) pediu nesta terça-feira à Justiça Federal a prorrogação de 11 prisões temporárias cumpridas no âmbito da Operação Carne Fraca, deflagrada na última sexta-feira. Até as 21 horas, o juiz Marcos Josegrei da Silva, responsável pelo processo, ainda não havia decidido sobre a solicitação da PF, que alegou precisar de mais tempo para ouvir todos os suspeitos, confrontando suas versões com as provas colhidas.

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“A prisão faz-se necessária até que todos sejam ouvidos, que as testemunhas dos crimes por eles praticados sejam todas identificadas e ouvidas e mesmo para que novos crimes sejam evitados. A sanha criminosa da organização deverá cessar com a prorrogação da presente medida”, argumentou o delegado Mauricio Moscardi Grillo no pedido da prorrogação das prisões.

A prorrogação foi pedida para os investigados Alice Mitico Nojiri Gonçalves; Antonio Garcez da Luz; Brandizio Dario Junior; Celso Dittert de Camargo; Leomar Jose Sarti; Luiz Alberto Patzer; Marcelo Tursi Toledo; Mariana Betipaglia de Santana; Osvaldo Jose Antoniassi; Rafael Nojiri Gonçalves; e Sidiomar de

Caso as prorrogações sejam acatadas, eles devem ficar detidos pelo menos até domingo, dia 26, quando a PF deve pedir a conversão das prisões em preventivas (sem prazo) ou a liberação dos investigados.

Em outro despacho desta terça-feira, o juiz Josegrei determinou que a PF responda ao ofício do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que pediu acesso aos documentos que serviram de base para a Operação e às numerações de lotes de produtos dos frigoríficos considerados suspeitos, para poder fiscalizar os produtos.

BALANÇO

Também a pedido do magistrado, nos autos, a PF esclareceu que, ao todo, foram cumpridos onze mandados de prisão temporária e 25 de preventiva no âmbito da Carne Fraca. Conforme relata Moscardi, a única prisão ainda não cumprida na Operação é a do empresário paranaense Nilson Alves Ribeiro, que está na Itália. Por determinação do juiz, o nome dele foi incluído na lista da difusão vermelha da Interpol.

Segundo a PF, doze presos da Operação já foram transferidos da Superintendência da PF para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, e para um presídio de Piraquara, cidades da Região Metropolitana de Curitiba. Outros quatro devem ser transferidos nesta quarta-feira. Outros cinco detidos chegaram à Curitiba nesta terça, entre ele o gerente de Relações Internacionais e Governamentais da Brasil Foods (BRF), Roney Nogueira dos Santos.

(* Especial para O GLOBO)