Toledo – Depois da denúncia feita pelo Jornal O Paraná no último dia 13, na reportagem “Adolescentes se automutilam e compartilham via rede social”, na qual alerta pais sobre o número expressivo de adolescentes que se automutilam e compartilham imagens e dicas por meios das redes sociais, especialmente em grupos de WhatsApp, as Câmaras de Vereadores de Toledo e Cascavel discutiram o assunto e emitiram alerta aos órgãos competentes. O Ministério Público foi informado e trabalha no caso.
Em Toledo, o assunto entrou na pauta pela vereadora Olinda Fiorentin (PPS). “Não podemos fechar os olhos para essa situação. Nossas crianças não podem ser bombardeadas com esses incentivos para que provoquem ferimentos físicos ou emocionais. Peço que as famílias e as autoridades estejam com os olhos voltados a esses comportamentos e as dores que nem sempre são percebidas pelos mais próximos”, analisa.
Já em Cascavel, o vereador Olavo dos Santos (PHS) usou a tribuna para alertar os demais vereadores e as autoridades. Além de exibir trechos da reportagem, Olavo pediu que as famílias e as autoridades se unam para que possam olhar com carinho e atenção para a dor dessas crianças e adolescentes. Um requerimento também foi encaminhado para a Secretaria de Educação de Cascavel para que os dados sejam conhecidos e que essa realidade possa guiar campanhas e ações preventivas. “Precisamos ter muito cuidado e sigilo, mas virar as costas para uma situação grave dessas é no mínimo irresponsabilidade com nossas crianças e está fora de cogitação em Cascavel”, esclarece.
Os vídeos com as manifestações completas dos vereadores e a íntegra da reportagem sobre o assunto estão disponíveis no nos links abaixo:
A denúncia
O fato denunciado por diversas famílias, de diferentes cidades e escolas da região dão conta de que adolescentes são motivados a cortar os braços e outras partes do corpo com lâminas de barbear e outros instrumentos cortantes. Além de compartilhar vídeos, os jovens ainda recebem incentivos de “mentores” que de outras cidades ou até mesmo cidade assessoram os menores nas experiências de mutilação.
Leia mais sobre o assunto na reportagem a seguir:
Grupos de automutilação digital se disseminam pela rede social