Rio de Janeiro – O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, estima que o Programa Bolsa Família tenha um reajuste entre 0,5% e 1% acima da inflação em 2018. O orçamento para a pasta, segundo o ministro, deve alcançar R$ 91 bilhões. Hoje o valor é de R$ 80 bilhões.
O ministro foi um dos nove chefes de pastas da União que estiveram no Rio de Janeiro ontem para o lançamento de um programa voltado para adolescentes e crianças de comunidades fluminenses. Também estiveram presentes o presidente Michel Temer, o governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito do Rio, Marcelo Crivella.
"[O reajuste] Deve ser acima da inflação. Pode ser meio por cento, um por cento. Então, o que vai ter lá pelo mês de março e abril, vai ser por aí", estimou o ministro, que complementou dizendo que não vê problema no acréscimo vir em ano eleitoral.
No entanto, o Orçamento deste ano previu R$ 29,7 bilhões para o Bolsa Família e o Orçamento de 2018, R$ 28,7 bilhões.
Conforme Terra, o anúncio do orçamento em 31 de agosto não estava de acordo com a revisão da meta e o que chamou de "outro universo" fiscal. "Teve um anúncio de orçamento, em 31 de agosto, que foi feito num universo sem a nova meta fiscal, e que também foi feito sem a gente saber como ia se comportar a receita. É claro que isso foi feito dois dias antes da nova meta fiscal, a receita já melhorou e temos um outro universo para trabalhar", explicou.
Sobre a expectativa de ter um orçamento para o próximo ano de R$ 91 bilhões, Terra disse que um dos fatores que contribuíram para o incremento foi a revisão dos pagamentos de auxílios-doença. Quase 85% dos beneficiários que recebem a ajuda federal, na verdade, estão aptos para trabalhar, segundo o ministro.