BARCELONA – O mercado de La Boqueria, o maior de Barcelona e um dos mais populares da Europa, vai começar a mudar de cara. A explosão de cores e a fascinante mistura de comidas de todos os tipos ? de frutas exóticas a ostras e de doces árabes a porco assado ? vão continuar as mesmas, mas as autoridades municipais querem resgatar a autenticidade do mercado, um dos pontos centrais da avenida Las Ramblas. O lugar é um passeio memorável, mas a população reclama do fato de as multidões de turistas impedirem os moradores de frequentarem as barracas do Boqueria para fazer suas compras diárias.
Parte importante da cena cultural e gastronômica catalã, o mercado começará a reduzir gradualmente o número de pequenos bares que vendem comida pronta, dando mais espaço para alimentos frescos, como frutas, verduras e peixes. Grupos grandes de turistas serão barrados, embora os detalhes ainda estejam em debate. A ideia das autoridades é limitar os pontos de degustação lá dentro, para facilitar a circulação do público e suas cestas de compras. E, quem quiser evitar o aperto do Boqueria desde já, pode comer em estabelecimentos que ficam nas ruazinhas laterais do mercado, que oferecem o mesmo tipo de degustação, sem tanta gente. O Boqueria funciona de segunda a sábado, das 8h às 20h30m. Para fazer como os catalães, vá bem cedinho.
Paris: Olga, a russa, por Picasso
A primeira mulher de Pablo Picasso, a dançarina russa Olga Koklova, é o tema da exposição que será inaugurada dia 21 no Museu Picasso, em Paris. A mostra reúne as obras feitas por Picasso entre 1917 e 1935, tempo em que foi casado com Olga, refletindo não só a relação do casal, mas também o contexto político e social do período. Olga, constantemente retratada com o primogênito de Picasso, Paul, foi considerada a modelo perfeita para a fase mais clássica do pintor. A exposição fica em cartaz até setembro. E, não custa lembrar, o museu tem a maior coleção de Picasso no mundo. Para fugir das filas, reserve no site: museepicassoparis.fr.
Londres: o pub estrelado
O Harwood Arms é o único pub de Londres com uma estrela no guia Michelin. A comida é típica dos pubs londrinos ? carnes, batata e peixe frito, por exemplo ?, mas a qualidade está muito acima dos padrões tradicionais. A horta orgânica e o chef, Alex Harper, são os segredos da casa, que mantém o clima de bar do século XIX. O sunday roast, prato adorado pelos ingleses, juntando um assado, batatas, legumes cozidos e o clássico yorkshire pudding, garante casa cheia todos os domingos. O suflê de sobremesa também é famoso.
Reservas são essenciais e podem ser feitas on-line. Vale a pena tentar mesa na hora do almoço, quando as refeições saem bem mais em conta. Além disso, o bairro de Fulham é uma graça. O Harwood Arms (harwoodarms.com) fica um pouco escondido, mas quem acha o prédio azul na esquina da Walham Grove (SW6 1QP) não se arrepende.
Amsterdã: um bar de 1624
O bar mais antigo da capital holandesa abriu as portas em 1624. Desde então, o Café Chris mantém o mesmo charmoso balcão de madeira, onde os moradores do bairro de Jordaan se debruçam para tomar cerveja. A casa já foi a preferida dos operários locais, que se reuniam ali para receber seus salários. Hoje o pub tem uma clientela mais diversificada, incluindo turistas, atraídos por sua autenticidade, pela seleção de cervejas e pelos encantos do bairro, um dos mais concorridos de Amsterdã. Endereço: Bloemstraat 42.