Cotidiano

Banco Mundial: redução da pobreza ameaçada pelas desigualdades

WASHINGTON – A pobreza extrema se reduziu no mundo, mas sua erradicação está ameaçada pelo agravamento das desigualdades econômicas, alerta um relatório do Banco Mundial (BM) publicado neste domingo. No total, 767 milhões de pessoas viviam com menos de US$ 1,90 por dia em 2013 e, dessas, quase metade na África Subsaariana, de acordo com os dados mais recentes incluídos no informe. O documento foi divulgado na Assembleia Anual do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

Em termos interanuais, esse número supõe uma queda de 12% da extrema pobreza no mundo todo, apesar do crescimento mais lento, comemorou o BM. A queda é ainda mais pronunciada em longo prazo, se comparado com os quase 2 bilhões de pessoas pobres registradas em 1990.

?O número de pessoas privadas de uma renda decente continua, porém, sendo muito grande?, considerou o presidente da entidade, Jim Yong Kim, em um comunicado.

Tendo como meta erradicar a pobreza extrema antes de 2030, o Banco Mundial adverte que isso não será alcançado, se as desigualdades econômicas não forem abordadas.

?Não conseguiremos isso, a menos que façamos que o crescimento beneficie os mais pobres. E, para isso, é preciso tratar as fortes desigualdades?, insistiu Kim.

Entre 2008 e 2013, a renda de 60% dos mais ricos aumentou mais depressa do que os 40% das pessoas mais pobres em quase metade dos 84 países estudados no informe.