BRASÍLIA – Deputados do PSD almoçarão nesta segunda-feira com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para fechar os termos do apoio à reeleição de Maia para a presidência da Casa. Segundo o novo líder do partido, deputado Marcos Montes (MG), a decisão deve ser anunciada na terça-feira, mas o bem encaminhado apoio a Maia – que conta com a simpatia do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab – está condicionado a um compromisso de que a bancada ganhe relatorias de comissões importantes, como a de Educação e Segurança Pública. Além disso, o partido pleiteia espaço na Mesa Diretora da Casa.
Dirigentes do PSD já chegaram até mesmo a receber uma garantia do Palácio do Planalto de que a bancada será contemplada para apoiar Rodrigo Maia e distensionar a disputa entre candidatos da base aliada. Caso isso ocorra, o deputado Rogério Rosso (DF), candidato ao páreo mas isolado em seu próprio partido, vai ser obrigado a retirar a candidatura e seguir a bancada no apoio ao atual presidente.
– Vamos ver se a turma concorda em apoiar o Rodrigo, mas temos que escutá-lo primeiro, isso que vai nos dar a prerrogativa da decisão para um lado ou para outro. O importante é o gesto de ele falar não só para mim, mas para a bancada. Temos deputados ligados fortemente à educação, precisamos ter compromissos de relatorias importantes de educação e em outras áreas, como segurança pública. Precisamos de compromissos, sem isso não dá – disse Marcos Montes.
Rosso foi convidado para o almoço com Rodrigo Maia, mas preferiu não comparecer. Ele tem questionado com frequência a possibilidade de Maia se candidatar, defendendo a tese de que não há respaldo legal para que ele concorra à reeleição. O outro candidato da base aliada do governo é o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que descarta abrir mão da candidatura.
A eleição para a presidência da Câmara acontece no dia 2 de fevereiro. Mesmo sem admitir publicamente ser candidato, Rodrigo Maia vem articulando nos bastidores apoios importantes, como o do PCdoB, que já anunciou estar a seu lado, e do PT – que ainda não se posicionou oficialmente – e também já ganhou apoio público de outras legendas da base, como o PR.