Medianeira O continente asiático tem ganhado espaço nas exportações paranaenses. Conforme a balança comercial de maio, divulgada pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), 46,4% de tudo que saiu do Paraná teve como destino a Ásia, representando US$ 2,9 bilhões dos US$ 6,3 bilhões exportados nos primeiros cinco meses do ano. A China foi o país de maior representação, com US$ 1.946.689.426 até maio. Na região Oeste 50% das mercadorias seguiram aos asiáticos. Isso equivale a um montante de US$ 323 milhões dos 644.537.618 exportados no período.
Conforme a economista da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná), Tania Moreira, a China é o principal mercado consumidor da soja paranaense, e 90% da produção comercializada neste ano teve os chineses como destino.
A realidade na região não é diferente, conforme relata o gerente de Divisão de Alimentos e Compras de uma cooperativa do Oeste, Jair Meyer. Ele aponta duas frentes de demanda que os asiáticos possuem. Uma delas cabe aos grãos, com destaque para o milho e a soja. Há uma necessidade de suprir a indústria local, que utiliza essas commodities como matéria prima, relata. A outra se refere à procura aquecida especialmente por frangos. Os vários tipos de cortes encontrados nas indústrias paranaenses é, segundo Meyer, uma demanda crescente à Ásia. Nesse caso, as cooperativas têm uma participação importante, com nove empresas habilitadas para o comércio de aves com a China. É uma tendência que deve permanecer pelo menos a médio prazo, diz.
Remuneração
Entre os continentes que realizam transações comerciais com a região, o asiático é o que melhor remunera, segundo Meyer. E não seria diferente, visto as demandas latentes do mercado, frisa. Se destacam ainda os países africanos, que de janeiro a maio renderam ao Oeste US$ 7.656.566, e do Oriente Médio, com US$ 32.030.672 para o período.
Em contrapartida, existem aqueles que, aos poucos, vêm perdendo força. É o caso do continente Leste-europeu, especialmente a Rússia, país que compõe este quadro. O afastamento é justificado, de acordo com Meyer, por um trabalho de autossuficiência dos russos em relação à cadeia avícola. A Rússia já teve uma participação mais importante no que tange às exportações. Mas, este cenário mudou quando o país decidiu investir na produção local de carne, comenta.
Mercado externo paranaense
Ásia US$ 2.957.535.274 46,40%
Associação Latino-americana de Integração US$ 1.263.983.523 19,83%
União Europeia US$ 884.066.249 13,87%
Oriente Médio US$ 480.708.957 7,54%
Sem agrupamento específico US$ 395.170.111 6,20%
Demais blocos US$ 392.688.414 6,16%
Saldo na região é positivo
Novamente o saldo da balança comercial da região Oeste foi positivo. O resultado das exportações menos as importações dos primeiros cinco meses do ano foi de US$ 382.390.341, que em moeda nacional representa R$ 1,3 bilhão, com base na média do dólar para maio de R$ 3,53.
Entre os 27 municípios que tiveram algum tipo de transação comercial foram exportados de janeiro a maio US$ 644.537.618, provocando um aumento de 6% nas vendas externas ante igual período de 2015. No ano passado, o montante exportado foi de US$ 610,2 milhões.
As importações também se mantiveram positivas, atingindo 262.147.277. Em comparação aos primeiros cinco meses do ano anterior o aumento foi de 5%.
Saldo regional
Exportações
2015 US$ 610.287.935
2016 US$ 644.537.618
+ 6%
Importações
2015 US$ 250.287.753
2016 US$ 262.147.277
+5%