Na sala de aula as crianças nem se intimidam em arriscar algumas das notas que os professores ensinam e um som agradável surge das violas. Nem parece que a turma está reunida no primeiro encontro.
Os alunos do 4º e 5º ano da Escola Municipal Dulce Andrade Siqueira Cunha, o Caic I, no Bairro Clarito em Cascavel tiveram ontem a primeira aula pelo projeto Viola Cascavelense.
A iniciativa é uma extensão local do projeto Viola Lindeira, da Itaipu Binacional, que teve lançamento na última sexta-feira e superou as expectativas dos responsáveis.
“Aqui na escola, por exemplo, íamos atender 40 crianças, mas agora serão 60. Algumas violas foram os professores que trouxeram para atender a turma”, comenta o coordenador do projeto, Crystian Fernandes.
O primeiro contato de Luiggi Stocker Bellon com o instrumento musical foi ontem. “Não achei muito fácil”, diz o menino que recebeu apoio da avó para participar e que apesar de algumas dificuldades não pretende desistir. “Quero aprender a tocar e me apresentar”, diz o aluno do 5º ano.
Camily Vitória da Luz, já tem um pouco mais de intimidade com a música, mas seguia atenta a cada explicação. “Já tive aula de teclado, flauta e sei tocar um pouquinho de violão”, conta.
Primeira fase
A primeira fase do projeto deve seguir até o mês de outubro, quando então, novas turmas serão convidadas a participar. Nesta primeira etapa serão atendidas cerca de 200 crianças de quatro escolas de Cascavel.
“Diante da procura o prefeito anunciou a compra de 50 violas para reforçar o projeto”, comenta o coordenador.
Contraturno
Todos os integrantes do projeto passaram por audição antes de serem escolhidos. A partir de agora eles terão encontros semanais de uma hora, em período contraturno.
“Nossa intenção é de que eles sejam formados como violeiros e, além disso, o projeto é uma forma de tirar as crianças de casa que muitas vezes ficam somente em frente à TV e perdem oportunidades”, destaca o coordenador.