SÃO PAULO ? O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF) Gilmar Mendes, ironizou, nesta segunda-feira, o pedido de impeachment feito por juristas, na última semana, contra ele. Nomes como Celso Bandeira de Mello e Fábio Konder acusam o ministro de adotar um comportamento partidário.
? Acho engraçado. É um consórcio de ‘famosos, quem?’, daqueles que já foram e nunca serão. Se vocês olharem, é Fábio Konder Comparato, que é um banqueiro travestido de socialista. Nosso Celso Bandeira de Mello, que é um latifundiário travestido de socialista, e outros famosos quem ?ironizou Mendes, que participou de um debate sobre Parlamentarismo, na Fecomercio, centro da capital.
O jurista Fábio Konder Comparato afirmou que não irá comentar as declarações, que chamou de ?absurdamente falsas?.
Antes das declarações de Gilmar Mendes, o jurista Celso Bandeira de Mello, ao explicar os motivos do pedido, afirmou que Gilmar Mendes era o ?próprio candidato ao impeachment?.
? O ministro tem o hábito de falar sobre assuntos que ele não tem que falar. Ele não pode falar sobre questões que ele pode vir a julgar. Ele fala, não se incomoda. Parece que pede a Deus. Evidentemente, não mantêm aquela seriedade, distância que são próprias da magistratura. Vai falando o que quer. Vai revelando as simpatias dele. Ele não pode fazer isso, não é o papel de um magistrado ? disse.
Questionado por jornalistas, Mendes também opinou sobre o financiamento de campanha eleitoral e a fala do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que defendeu nesta segunda-feira o voto em lista fechada como uma das mudanças que deveriam ser contempladas numa reforma política.
O deputado, que ocupa o cargo de presidente da República em exercício enquanto Michel Temer cumpre viagem no exterior, disse que esse modelo de votação é que melhor se ajusta ao financiamento eleitoral em vigor no país, que acabou com a doação de empresas.