Cascavel – O LEA (Laboratório de Estatística Aplicada) e o GeoSciece (Núcleo de Geotecnologias e Ciência de Dados) do Câmpus de Cascavel da Unioeste (Unioeste Universidade Estadual do Oeste do Paraná) mapeou as áreas de soja para a safra 2017/2018 no Estado com imagens de satélites orbitais e técnicas de sensoriamento remoto. A análise dos dados revela que Cascavel é o município com a maior área de cultivo de soja do Paraná.
De acordo com o coordenador Jerry Johann, o sensoriamento remoto é uma valiosa ferramenta que possibilita o monitoramento agrícola do vigor e da cobertura vegetal do solo em escala regional. “Desta forma, têm se dados sobre o tipo de cultura plantada e da sua distribuição espacial, o que permite a quantificação de área das culturas mapeadas, trazendo objetividade e rapidez na Previsão de Safras Agrícolas”.
O professor diz que trabalha com mapeamento de culturas agrícolas desde 2013, orientando desde então vários alunos e com inúmeras publicações em congressos e revistas científicas.
No início de 2018 firmou uma cooperação técnica com o professor Carlos Antonio da Silva Júnior, da Unemat (Universidade do Estado do Mato Grosso), que idealizou e coordena o projeto SojaSat, o que abriu a possibilidade de ampliar a divulgação dos resultados das pesquisas de forma online. Assim, o mapeamento de soja, propriedade a propriedade, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, foi realizado pela Unemat e, do Paraná, pela Unioeste.
A intenção é ofertar a toda a cadeia produtiva da soja informações sobre a real dimensão da cultura tão logo a safra acabe. Isso porque a soja tem grande importância econômica nas exportações, sendo a principal commodity da agricultura brasileira.
Mapeamento
O professor conta que o mapeamento implica num minucioso processo de seleção espacial e temporal de imagens de vários satélites orbitais, com posterior processamento digital dessas imagens, por meio de algoritmos, que permitem a identificação das culturas agrícolas implantadas na região de interesse. Todo o processo de mapeamento e validação, no Paraná, levou cerca de 70 dias para realização pela equipe.