O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, esteve no Paraná há poucos dias onde se reuniu com produtores de mel que estão com pedido de registro de Indicação IG (Geográfica) no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Blairo Maggi falou da importância do segmento, “que pode ser cada vez mais forte dentro do agronegócio e contribuir para que o Brasil alcance a meta de participar com 10% do mercado mundial de alimentos”.
“É claro que a gente não vai somente produzir mais soja, mais milho. Nós temos que nos preocupar com as cadeias que têm algo a apresentar dentro da nossa estratégia. Vocês fazem parte dessa estratégia criada no Ministério da Agricultura para que a gente avance cada vez mais”, afirmou.
O ministro disse que a relação dos produtores com o ministério deve ser de confiança e parceria. E destacou a necessidade de adequação dos produtos às exigências e normas dos compradores internacionais. Comentou sobre a integração do Mapa que permite conhecer melhor os processos que envolvem, por exemplo, a autorização para importação de geleia real, demandada pelos produtores locais para suprir suas necessidades. Estão abertos mercados de vários países para esse tipo de operação, como os da Argentina e Uruguai, observou.
O ministro sugeriu durante o encontro que denunciem quando ingressarem na região produtos que não são regulados e que ingressam de forma ilegal no País, como é o caso de pesticidas que têm prejudicado as abelhas da região. “É um problema com o qual nós estamos atentos, combatemos com nossos fiscais, vamos até as propriedades, temos a responsabilidade de fazer isso. Agora, se vocês souberem quem usa esses produtos, gostaria de informar que temos no ministério um canal de denúncia, que não precisa se identificar. Ao chegarem (as denúncias) são tomadas as providências. Isso nos ajuda a combater esse tipo de problema”.
Durante a manhã, no município de Telêmaco Borba, o ministro visitou viveiros de mudas e área de floresta plantada na Fazenda Monte Alegre. A fazenda é administrada pela Klabin, que mantém cerca de 182 mil hectares de florestas plantadas e 142 mil hectares de matas nativas preservadas, no estado. Têm mais de dez mil colaboradores diretos e indiretos. Além de líder na produção de papel cartão para embalagens, é a única fabricante desse material para líquidos na América Latina. A produção é 100% integrada e a fabricação da matéria-prima é inteira em fibra virgem, feita a partir de recursos naturais renováveis proveniente de florestas plantadas certificadas.
As florestas apresentam índices de produtividade superiores à média brasileira e a de países como Chile, África do Sul, Portugal, Espanha, Suécia e Finlândia. No Paraná, produz 56m³ de hectares de eucalipto por ano e 38m³ de hectares de pínus/ano. Enquanto a média de países nórdicos, por exemplo, a produtividade é de 6m³ de hectares por ano para eucalipto e 4m³ de hectares por ano de pínus.
A capacidade total de produção nas unidades visitadas no estado do Paraná é de 2,5 milhões de toneladas. A oferta de celulose fluff, produzida em larga escala pela primeira vez no Brasil a partir da fibra longa, abre ao mercado nacional a possibilidade de substituir a importação dessa matéria-prima usada na fabricação de fraldas e de absorventes.