O CMN (Conselho Monetário Nacional) aprovou, em reunião na quinta-feira (31), medidas para assegurar recursos adicionais nesta safra para o financiamento aos pequenos e médios produtores rurais. De acordo com nota do Banco Central, a medida leva em conta as discussões com vistas a um novo modelo de fomento à agricultura para esses produtores.
A principal medida aprovada foi a alocação adicional de recursos para operações de custeio agrícola e pecuário no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e do Pronam (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), que era uma demanda do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Essa medida deve assegurar novos recursos de cerca de R$ 6 bilhões para os pequenos e os médios produtores. A alocação de recursos adicionais tem caráter temporário, com vigência entre 1º de fevereiro e 30 de junho de 2019.
Regras
Há também ajuste nas regras de financiamento agrícola com recursos das LCA (Letras de Crédito do Agronegócio). A mudança permite que os recursos captados via LCA alocados para o crédito rural passem a ser aplicados em condições livremente pactuadas entre as partes. Essa mudança visa permitir a evolução desse instrumento de maneira a assegurar mais recursos para o financiamento das atividades rurais nos próximos anos.
Risco contido
Há cerca de um mês o campo só vê a crise se acirrar. Após as perdas com a safra da soja, os produtores estavam temerosos ainda porque havia acabado o dinheiro para o custeio da safrinha, da safra de inverno e para a pecuária.
Ninguém explicou ainda o que aconteceu com os R$ 194,37 bilhões previstos para o atual período agrícola, que acabaram quase meio ano antes de o ciclo se encerrar.
Por conta dos relatos de produtores de todos os cantos do Estado, a Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) intercedeu e pediu ajuda ao Ministério da Agricultura, cujo resultado foi divulgado agora, para alívio do campo.
Entre as principais consequências da falta de dinheiro era a redução da produção de milho e de trigo, pois, sem recursos, os produtores investem menos em tecnologia, o que reduz a produtividade, isso sem contar a própria redução de área cultivada por falta de insumos.