Curitiba – O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nessa terça-feira (2) de evento on-line promovido pela Amcham Curitiba (Câmara Americana do Comércio) e destacou a estruturação do Estado para o enfrentamento ao novo coronavírus e o planejamento para a recuperação econômica do Estado pós-pandemia.
Segundo ele, o caminho para a retomada do crescimento passa por investimentos públicos e privados, e a segurança institucional do Estado e a força do agronegócio contribuem com a melhoria desse cenário. “Adotamos várias medidas para não parar o sistema econômico, ao mesmo tempo em que tomamos o cuidado com as recomendações dos órgãos de saúde”.
A conversa foi conduzida pela CEO da Amcham, Deborah Vieitas, e acompanhada por cerca de 300 pessoas de 22 cidades e sete estados diferentes. “Nosso objetivo é estabelecer um diálogo construtivo entre os setores público e privado, para melhorar a competitividade e as exportações brasileiras”, afirmou Deborah.
Paralelamente aos investimentos na saúde, o Estado atuou para não parar a economia e ter a menor desaceleração possível: “Não chegamos a decretar a quarentena, apenas recomendamos a paralisação de alguns setores mais propícios à contaminação”, disse. “Alinhamos com os prefeitos para que cada município se ajustasse à sua realidade e, assim, conseguimos um equilíbrio para que o setor econômico não parasse totalmente”.
Com isso, setores como o industrial, o agronegócio, a construção civil e o sistema logístico do Estado continuaram em funcionamento. “O Porto de Paranaguá tem batido recordes de movimentação todos os meses. O sistema logístico do Estado foi preservado para garantir a exportação da produção histórica na agricultura”.
Recuperação
Ratinho Junior salientou que a boa situação fiscal e a segurança jurídica do Estado são fundamentais para garantir a retomada da economia e a preservação dos empregos dos paranaenses. Esse planejamento engloba desde as micros e as pequenas até as grandes empresas, tendo como guarda-chuva para o setor econômico o programa Recupera Paraná.
O programa de recuperação econômica inclui a ampliação de linhas de crédito ao setor produtivo, com a alavancagem de recursos disponibilizados pelo BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e pela Fomento Paraná. O Estado também adotou a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) a 270 mil micros e pequenas empresas.
Outra estratégia é ampliar o incentivo aos chamados Arranjos Produtivos Locais, para alavancar o desenvolvimento tendo em vista as vocações regionais. “Também estamos finalizando o selo Made in Paraná, para fomentar a compra de produtos produzidos no Estado. Ao prestigiar as empresas paranaenses, também ajudamos na criação e manutenção dos empregos locais”, disse Ratinho Junior.
Investimentos
Obras públicas, tanto no setor logístico como na infraestrutura dos municípios, também estão no horizonte para a retomada econômica. O governo do Estado obteve um empréstimo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) de R$ 600 milhões, que integram o pacote de ações para auxiliar as cidades paranaenses.
Há ainda mais R$ 1,6 bilhão em empréstimos já autorizados pela Assembleia Legislativa e que aguarda aval federal.
“O Paraná tem um diferencial competitivo com relação aos seus pares e as finanças organizadas. Quando o empresário vem ao Estado ele tem não só vantagem do ponto de vista operacional e dos fatores de produção, como tem segurança institucional. Em nenhum momento o Estado vai atrapalhar ou agregar risco aos investidores”, salientou o secretário estadual da Fazenda, Renê Garcia.
Caciopar tenta reerguer economia do oeste
Superar os desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus tem pautado também as ações da Caciopar nas últimas semanas. A Coordenadora das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná tem demonstrado preocupação com a retomada econômica. Para isso, realiza uma série de ações com a intenção de alavancar a subida de índices que impactam positivamente diretamente na vida de 1,3 milhão de pessoas.
Para isso, tem realizado consultas para construir uma base de dados favorável a todos os setores, além de orientado as empresas sobre como proceder para evitar lockdown e informado sobre medidas de proteção ao emprego e linhas de crédito disponíveis.
Uma das ações, em parceria com o Sebrae, será lançada nesta quarta-feira (3). Trata-se do “Oeste compra Oeste”, que será apresentado via Facebook da Caciopar às 10h. “A ideia é alavancar a economia da região, com compras públicas e privadas concentradas no oeste do Estado, é fazer com que o dinheiro fique na região. Para isso será feito um catálogo, um mapeamento industrial com bens e serviços disponíveis. Alguns municípios já têm essa proposta, mas queremos dimensionar isso para a região”, explica o presidente da Caciopar, Alci Rotta Júnior.