Curitiba – Após alerta do secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, sobre a iminência do fim dos estoques de medicamentos essenciais para intubação e manutenção de pacientes em tratamento por covid-19 nas UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu que o governo federal tem estoque de emergência que poderá ser enviado ao Paraná, usando a logística do Exército, caso seja necessário. “Fizemos uma compra do Uruguai e entregamos com auxílio do Exército para Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que estão em situação ainda pior. Temos um estoque emergencial e, se chegar ao ponto de faltar no Paraná, o Exército poderá ser acionado para uma manobra que garantiria o abastecimento em menos de um dia. Se faltar, vai chegar. O que temos que fazer é uso racional e ajuda mútua entre os municípios para adiarmos esse momento da falta”, explicou.
Pazuello esteve nessa quinta-feira (23) no Paraná, onde participou de uma série de reuniões técnicas relacionadas ao enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
Durante coletiva à imprensa, ele frisou a necessidade de diagnóstico precoce da covid-19 e sugeriu que as pessoas busquem orientação médica ao menor sintoma da doença, para evitar que os paranaenses necessitem de leitos de UTI.
Pazuello falou sobre as tentativas de aquisição dos medicamentos que estão sendo realizadas com o apoio da pasta e assim garantir maior efetividade e segurança na compra. “Estamos em um processo de licitação coordenada pelo ministério para todos os estados. Na próxima semana serão entregues as propostas de preços. Aí, os estados poderão fazer a compra direta nas quantidades certas daquilo que precisam, sem medo de desabastecimento”, assegurou.
O ministro interino também garantiu a reabilitação de cerca de 300 leitos de UTI cujos contratos vendem no fim do mês e prometeu fazer novas habilitações ao SUS, como solicitado pelo Estado.
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Já o HU informa que não tem risco de desabastecimento pois vem organizando compras semanais e fracionadas dos medicamentos e conseguindo manter estoques seguros. “Temos organizado as compras para manter estoques com folga de 30 dias. Alguns medicamentos temos para um período menor, mas não há risco de desabastecimento”, explica o diretor-geral do HU, Rafael Muniz de Oliveira. A unidade vem socorrendo hospitais da cidade e da região com os medicamentos necessários.
Em Foz do Iguaçu, o Município afirma que, apesar da dificuldade encontrada para a compra devido ao aumento de demanda nacional, que levou a um desabastecimento geral dos fornecedores e ao aumento de preços, a prefeitura garante que não há desabastecimento.
