Saúde

Educação infantil: Saúde aprova protocolo para retorno de crianças às creches, mas sem data para retomada

O Sinepe/PR (Sindicato das Escolas Particulares) vai buscando alternativas para acelerar a volta das crianças para a sala de aula no Paraná. Após enviar ofício a 46 prefeitos solicitando a retomada do ensino infantil, agora o sindicato entregou protocolo de retorno das atividades presenciais para bebês e crianças de até três anos

Educação infantil: Saúde aprova protocolo para retorno de crianças às creches, mas sem data para retomada

Curitiba – O Sinepe/PR (Sindicato das Escolas Particulares) continua se articulando para acelerar o retorno das atividades presenciais. Após envio do ofício a 46 municípios paranaenses solicitando a retomada do ensino infantil, agora o sindicato formalizou a entrega do protocolo de retorno das atividades presenciais para bebês e crianças de até três anos de idade na Seed (Secretaria de Educação de Estado).

De forma detalhada, o documento estabelece rígidos padrões de cuidado para a prevenção à covid-19 nas instituições, assim como a autonomia das escolas com os pais para definir, ou não, a retomada das atividades presenciais. “O Sinepe/PR segue como parte ativa do comitê criado pelo governo do Paraná, que discute as melhores formas de retornar”, reforça Esther Cristina Pereira, presidente do Sinepe/PR.

Cheio de detalhes e bem trabalhado, o protocolo já foi aprovado pela Sesa (Secretaria de Estado de Saúde). Contudo, não há qualquer previsão de retorno, nem de alterar o cronograma estabelecido pelo comitê criado para a volta das aulas, que deixou por último as criancinhas.

Em nota, a Sesa informou que “o cenário epidemiológico neste momento não permite o retorno das atividades escolares presenciais. A definição é dada em parceria com outras secretarias através do Comitê do Governo do Estado. Quanto ao protocolo [apresentado pelo Sindicato], ele deve ser encaminhado oficialmente e analisado pelo Comitê, porém, a Sesa ressalta que não há, ainda, data para retorno destas atividades”.

Protocolo

Além do cumprimento das medidas básicas de segurança como uso de máscara, verificação de temperatura, uso de álcool em gel e distanciamento social, devem ser criados circuitos internos nas escolas para evitar contato entre alunos, evitar a partilha de objetos, brinquedos e alimentos, normas rígidas de higienização e desinfecção da bancada de troca de fraldas e do trocador.

Contudo, Esther ressalta que cada escola deve definir protocolos específicos com base na realidade da unidade. “Entre as orientações do protocolo está a importância da definição de um protocolo próprio das instituições, uma vez que cada escola possui suas particularidades”.

A presidente observa que já há prejuízo aos alunos e que a preocupação é com a segurança no retorno deles para as escolas. “O desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social já foi duramente afetado. Por isso, a necessidade de ter protocolos já estabelecidos para o retorno antecipa discussões fundamentais, assim como fornece orientações às instituições sobre como proceder da melhor forma, respeitando o parecer de órgãos de saúde”, avalia Esther.

O protocolo foi desenvolvido por um comitê formado, entre outras pessoas, por José Francisco Malucelli Klas, presidente do Departamento Científico de Saúde Escolar da Sociedade Paranaense de Pediatria, e por Acácia Maria Lourenço Francisco Nasr, coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa/PR.