Cascavel – A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) divulgou ontem (19) o boletim semanal da dengue que apontou um aumento de 820 casos e mais uma morte por dengue em Cascavel. Com isso, em um dos piores picos da história da doença, Cascavel atingiu um total de 12.799 casos e de 14 óbitos, contabilizados de agosto do ano passado até agora. A cidade é a que tem o maior número de mortes e também de casos da doença em todo o estado.
Os casos estão espalhados por toda a cidade, mas os bairros com mais casos de dengue na cidade são o Interlagos com 985 casos, na sequência vem o Floresta com 955 casos e o Cascavel Velho com 880. O novo óbito desta semana é de um idoso que morreu no dia 27 de junho e que tinha doença hipertensiva crônica. Dos 14 óbitos, 13 deles são de idosos e um apenas de uma pessoa de 57 anos.
260 mil vistorias
Além do novo boletim, a Sesau divulgou o balanço de vistorias realizadas no primeiro semestre do ano. De janeiro até agora, os agentes de endemias fizeram mais de 260 mil vistorias nas residências na busca quando é realizada inspeção para identificar e eliminar qualquer foco do Aedes aegypti. As inspeções têm o objetivo principal de orientar, fiscalizar, informar a população e notificar imóveis com irregularidades que não podem ser resolvidas no momento da vistoria.
A gerente de Saúde Ambiental da Sesau, Clair Wagner, explicou que por meio das vistorias os agentes identificam os locais que possam favorecer a proliferação do mosquito. Além disso, eles também fazem o trabalho de ações de raio. Todos os pacientes com suspeita de dengue, zika ou chikungunya que são notificados pelas unidades de atendimento são informados ao setor. Uma equipe realiza a busca ativa desse paciente, entrando em contato para confirmação de endereço.
Com isso, é feita vistoria em um raio de nove quarteirões do endereço domiciliar e do trabalho do paciente, para fiscalização, eliminação de criadouros e busca por novos pacientes na área de abrangência. No primeiro semestre deste ano, já foram realizadas 1.691 ações de raio em Cascavel.
Após a realização das vistorias nos imóveis da atividade de raio, são feitas avaliações seguindo os seguintes critérios: quantidade de criadouros positivos para larvas de Aedes aegypti, quantidade de criadouros eliminados se existem outros casos suspeitos ou positivos de dengue na área delimitada e total de imóveis fechados. Após essa avaliação, é verificada a necessidade de aplicação de inseticida com bomba costal motorizada, atividade denominada bloqueio de caso, que tem por objetivo eliminar os mosquitos alados da região trabalhada. Até o mês de junho foram realizados 1.115 bloqueios com bomba costal motorizada na cidade.
Foto: Secom
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Paraná chega a 126,5 mil caos
Dados do boletim desta semana divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde ontem (19), confirmam mais 5.711 novos casos de dengue no Paraná. De acordo com o Informe de Arboviroses, que corresponde ao período sazonal da doença iniciado em 1º de agosto de 2021, o Estado soma, nesse período, 74 óbitos, com 126.507 casos confirmados, 14.713 em investigação e 248.788 notificações.
Dos 385 municípios com notificações, 357 tiveram casos confirmados e 315 registraram autoctonia, quando a dengue é contraída no município de residência. O mosquito Aedes aegypti também é responsável, além da dengue, pelo zika e chikungunya. Durante este período não houve registro de casos de zika e foram indicados 32 casos de febre chikungunya, sendo nove autóctones e 21 importados.
O ovo do mosquito pode permanecer aproximadamente um ano em local seco, por isso, é importante fazer a limpeza com água e de todos depósitos fixos, bebedouros de animais, vasos plantas, eliminando qualquer ovo ali depositado, realizar o descarte adequado de todos os lixos orgânicos e recicláveis evitando que se tornem possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.