Saúde

Comerciantes temem novo fechamento da Ponte da Amizade

Nas redes sociais já circula a informação de que a ponte seria fechada neste domingo (14)

Foto: Portal da Cidade
Foto: Portal da Cidade

Foz do Iguaçu – O secretário de Indústria e Comércio de Alto Paraná, Iván Airaldi, que é também porta-voz das pequenas e médias empresas de Cidade do Leste, disse que o fechamento da fronteira do Brasil com o Paraguai será fatal para os empresários paraguaios.

Em entrevista ao Jornal Hoy, ele revelou que os empresários temem que Foz do Iguaçu possa decidir pelo fechamento da Ponte da Amizade devido à situação sanitária no Município, com aumento dos casos e mortes – foram registradas 12 horas nessa quarta-feira.

A Prefeitura de Foz informa que pretende exercer maior controle de quem entra pela Ponte da Amizade, restringindo a circulação dentro da área do Município e exigindo, por exemplo, testes negativos de covid-19, como já faz.

Na semana passada, quando o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, esteve na região, o prefeito Chico Brasileiro pediu que ele encaminhasse uma solicitação para um toque de recolher na ponte, restringindo o trânsito durante um período. Esse assunto ainda não teve desdobramento.

Contudo, nas redes sociais já circula a informação de que a ponte seria fechada neste domingo (14).

Conforme o Portal H2Foz, da parte do Paraguai, não existe essa opção pelo fechamento da fronteira. O Ministério da Saúde divulgou que não adotará novas restrições para conter a pandemia, apenas controles mais rigorosos para que a população cumpra as medidas sanitárias para evitar a propagação do novo coronavírus.

 

Protestos

A crise assola Cidade do Leste, que ficou sete meses isolada de Foz do Iguaçu, e até hoje não reabriu a fronteira com a Argentina. “Muitos comércios continuam fechados desde o ano passado. Temos 25 mil pessoas sem trabalho na fronteira; 8 mil das 13.400 pequenas e médias empresas fecharam e muitas ainda continuam encerrando atividades. Um ano depois do início da pandemia, as coisas não melhoraram”, disse Iván Airaldi.

Além das crises econômica e sanitária, agrava-se a crise política. Os protestos chegaram ontem ao quinto dia pedindo a saída do presidente Mario Abdo Benítez pelo comportamento do governo na crise sanitária provocada pela pandemia de covid-19.

Para Airaldi, as manifestações em vários pontos do país, especialmente em Assunção, vão colapsar os hospitais públicos dentro de 15 dias, por causa das aglomerações: “As manifestações geram muitas angústias e preocupações”, lamenta.