Política

Rádio Patrulha: ex-secretário de Richa é denunciado por lavagem de R$ 14,8 milhões

O processo está relacionado à Operação Rádio Patrulha, deflagrada pelo MPPR em setembro de 2018 para apurar direcionamento de licitação destinada à compra de maquinários para o programa estadual Patrulha do Campo

Rádio Patrulha: ex-secretário de Richa é denunciado por lavagem de R$ 14,8 milhões

Curitiba – O Ministério Público do Paraná denunciou o ex-secretário de Assuntos Estratégicos Edson Casagrande por lavagem de dinheiro de quase R$ 15 milhões. Além dele, também foram denunciadas mais três pessoas, inclusive sua esposa.

O processo está relacionado à Operação Rádio Patrulha, deflagrada pelo MPPR em setembro de 2018 para apurar direcionamento de licitação destinada à compra de maquinários para o programa estadual Patrulha do Campo.

Casagrande foi secretário no primeiro mandato de Beto Richa (PSDB) no governo do Paraná, de 2011 a 2014. Ele chegou a ser preso na operação, em 2018, e já é réu em outra ação por corrupção ativa e fraude a licitação movida pelo MPPR.

Também denunciados na última quarta (24), Emerson Savanhago e Robison Savanhago eram sócios de Casagrande. Eles eram os responsáveis legais pela empresa Terra Brasil Terraplanagem, contratada pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagem) para uma das patrulhas, tendo recebido R$ 27.743.418,06 pelo serviço. Segundo as investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), Casagrande seria o proprietário de fato da empresa.

Na nova denúncia, o MP alega que os quatro participaram de esquema que possibilitou a lavagem de pelo menos R$ 14.885.425,70. “O dinheiro é resultado de contratos firmados indevidamente por empresa mantida pelos denunciados com o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), por meio de fraudes a licitações e desvio de recursos públicos”, sustenta o MP.

Segundo a denúncia, o Gaeco apurou que o então secretário, com suporte da esposa e dos outros requeridos, “sócios ‘oficiais’ da empresa”, fizeram diversas transferências bancárias de valores recebidos do Estado para outros estabelecimentos comerciais ligados ao mesmo grupo financeiro, chefiado pelo ex-secretário, com o intuito de dissimular a origem e a utilização dos valores. O processo tramita em sigilo.