Mesmo após negociações e avanços em processos, a Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito) acumula um gasto elevado com ações trabalhistas.
Desde que o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) assumiu a gestão, foram pagos R$ 1.207.480,44 a antigos servidores da Companhia. As indenizações foram uma “herança” deixada pela gestão de Edgar Bueno (PDT). Os casos pagos agora foram defendidos pela antiga presidência da empresa pública.
Em outubro de 2016, Bueno trouxe à tona o rombo de dívidas geradas pelos processos movidos por 85% dos servidores da Cettrans. Na época discutia-se uma dívida de R$ 1,8 milhão. Hoje são 136 processos trabalhistas: 42 foram julgados improcedentes pela Justiça, evitando um rombo maior nas contas, e outros 70 estão em tramitação. Em uma ação conjunta julgada improcedente pelo Ministério do Trabalho, funcionários que atuavam no aeroporto requeriam horas-extras, produtividade e periculosidade. A expectativa da nova gestão é que neste ano ainda sejam desembolsados R$ 300 mil em indenizações.
Investigação
Ainda na gestão de Bueno, uma investigação interna foi feita. O relatório final supondo falhas técnicas propositais nas ações foi entregue ao Ministério Público e também à Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Cascavel. “Até agora não tivemos respostas e os envolvidos não foram convocados”, diz Alsir Pelissaro, presidente da Cettrans.
Saldo positivo
Neste ano o acumulado financeiro da Cettrans é positivo. O balancete divulgado ontem aponta uma sobra de quase R$ 400 mil, entre janeiro e fevereiro. De receitas foram R$ 2,6 milhões e R$ 2,2 milhões em desembolso. Os gastos maiores em fevereiro foram com pessoal (R$ 419 mil) e locação de radares (R$ 529 mil). “Reduzimos horas-extras e renegociamos contratos com fornecedores. Tivemos até 30% nos descontos de licitações. Ainda temos uma restrição financeira, mas estamos no azul”, diz Pelissaro.
Em números
136 processos estão trabalhistas estão em andamento