Curitiba – O Paraná aparece em nono lugar no cenário nacional entre os estados com mais obras de grande porte paralisadas, conforme apuração de um levantamento realizado pelos órgãos de controle do País – entre eles, o Tribunal de Contas do Estado – divulgado pela Atricon (Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil).
Em todo o País são 2.555 obras públicas paradas com custo individual superior a R$ 1,5 milhão, que resultam num total contratado de R$ 89,56 bilhões. Do conjunto dessas obras, 137 (ou 5,4%) são de responsabilidade das administrações municipais e estadual paranaenses, contando com um orçamento global de R$ 691,2 milhões. Desse total, R$ 303,5 milhões (ou 43,9%) já deixaram os cofres públicos para custear os trabalhos. Em primeiro lugar na lista está São Paulo, onde estão 13% das obras que não tiveram continuidade.
De acordo com o relatório publicado pela Atricon, três motivos principais foram atribuídos pelos jurisdicionados das Cortes de Contas para explicar a paralisação das obras: problemas associados ao repasse de recursos conveniados (20,9% do total), pendências com a empresa contratada (20,5%) e falhas no planejamento (19,1%).
Também segundo a pesquisa, as obras mais atingidas pelo problema são aquelas relacionadas à educação (21,3% do total), infraestrutura (18,8%), saneamento (15,2%), mobilidade urbana (15,2%) e transporte (14,9%).
Por fim, estão assim distribuídas as obras paralisadas detectadas pelo levantamento: 32% localizam-se no Sudeste, 27% no Nordeste, 20% no Norte, 11% no Centro-Oeste e 10% no Sul – mais da metade dessas últimas foram encontradas no Paraná.
Agora, cada Corte de Contas elencará as obras consideradas prioritárias, para compreender mais a fundo as causas de sua paralisação. O objetivo central de todo o trabalho é promover sua reativação e consequente conclusão, para que os projetos possam gerar benefícios à população e ajudar a reaquecer a economia nacional.