Cascavel – O candidato ao governo do Paraná, Ricardo Gomyde (PDT), esteve em Cascavel cumprindo agenda de campanha no final de semana. Durante a passagem pela cidade, Gomyde participou de encontro regional do PDT e deu o tom de algumas de suas principais bandeiras caso seja eleito governador do Paraná.
Na busca de fixar seu nome como “terceira via” entre o atual Governador Ratinho Junior (PSD) e o ex-governador Roberto Requião (PT), o ex-deputado federal analisa que no atual cenário político estadual não há uma polarização política como no cenário nacional. Segundo Gomyde, essa situação pode possibilitar que a terceira via cresça nas intenções de voto. “É um cenário bastante interessante. Aqui não há uma polarização política como a nível nacional e o fato novo que trazemos é o PDT apresentar uma candidatura própria ao governo do Estado. Estamos correndo o Paraná e apresentando um projeto que chama ‘Projeto Paraná’ e temos certeza que a campanha irá crescer. Analisamos que o atual governador tem uma oposição e essa oposição não vê Requião como a solução. Então acreditamos que, com nosso projeto, estaremos no segundo turno.”
Pedágio
Uma das principais pautas em discussão no Paraná é o novo contrato de concessão das rodovias estaduais. Atualmente, o processo está em análise pelo Tribunal de Contas da União e os lotes deverão ser leiloados em 2023. Gomyde disse que, caso eleito, pretende trabalhar junto ao governo Federal para rediscutir o modelo. O candidato defendeu para o Paraná os modelos de conservação e manutenção, já adotados nos estados de Santa Catarina e São Paulo, com uma tarifa de pedágio a R$ 5.
“A proposta que veio é pior que a anterior. Na prática é uma tarifa do mesmo valor ou mais cara que a anterior. Vamos atuar pesadamente junto ao governo Federal para que esse novo contrato seja alterado. O que a gente tem que fazer no Paraná é o que São Paulo e Santa Catarina fizeram, adotar um modelo de pedágio de manutenção e conservação, com tarifa de R$ 5.”
Além disso, o candidato se disse totalmente contra a instalação de uma praça de pedágio na BR-467, entre Cascavel e Toledo. Segundo ele, caso eleito, também irá solicitar a alteração no processo para a retirada dessa praça. “A duplicação da BR-467 foi feita com investimento público, não tem sentido colocar ali uma cancela de pedágio e colocar um ente privado querendo cobrar.”
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Sobre os investimentos nas rodovias, Gomyde disse que é dever do governo do Estado buscar em outras fontes recursos para as duplicações e não inseri-las na tarifa de pedágio. “Investimentos a gente tem que fazer com recursos que o governo do Estado procure atrair, mas nós não podemos colocar esses investimentos na tarifa, uma porque fica cara e outra porque as pedageiras vão se livrando das melhorias. Isso não funcionou no passado e não vai funcionar no presente. É dever do governo do Estado, independente de quem seja presidente ir atrás de recursos e fazer parcerias, com diálogos e projetos, colocar as universidades federais para contribuir com esses processos, achar dinheiro nos mecanismos internacionais como o BID e Bird, colocar a cabeça para funcionar e encontrar soluções que o governo não encontrou.”
Outras áreas
Para a educação, um dos projetos do candidato é a educação em tempo integral. “Atualmente temos 1 milhão de estudantes na rede estadual de educação e vamos nos debruçar sobre o ensino integral. Vamos dar um olhar bastante específico para essa área, além disso, precisamos dar qualidade de gestão e valorização do professor. Também vamos montar uma comissão para rever a Lei Geral das Universidades porque ela fere a autonomia universitária.”
Gomyde também disse que pretende trazer a cultura para o primeiro escalão do governo. “De imediato vamos trazer a cultura para o primeiro escalão do Estado, pois hoje ela esta em segundo plano.”
Já para a saúde, o candidato disse que tem projetos de descentralizar a média e alta complexidade, buscando levar esses atendimentos a outras regiões, não concentrar em Curitiba. “Vamos trazer dignidade para que o paranaense tenha tratamento perto de casa”.
Foto: Reprodução/Twitter
