Política

EDITORIAL: Royalties: a milionária vitória

A Itaipu Binacional completa 43 anos neste mês como maior produtora de energia elétrica do mundo, registrando recordes sucessivos. Passadas essas quatro décadas, seu impacto ainda é percebido. Agora, monetariamente. Apenas em royalties, a usina já distribuiu mais de US$ 2 bilhões aos municípios lindeiros ao reservatório de Itaipu, que esta semana viram uma nova cifra pela frente. A sanção do projeto que modifica os percentuais de repasse, o que vai significar um ingresso extra de R$ 140 milhões para as 16 cidades.

Embora relevante o papel no caixa das prefeituras, a participação da Itaipu na região vem sendo cada vez mais percebida. A binacional tem investido, e pesado, nos municípios de todo o oeste paranaense, estendendo-se até os limites da região. Estão em curso ações num valor estimado em R$ 400 milhões, que visam, especialmente, à melhoria das condições sustentáveis.

São projetos nas áreas de mobilidade elétrica, infraestrutura, energias renováveis, adequação de estradas, recuperação de parques, coleta seletiva, moradia popular e gestão por bacias hidrográficas – entre outros.

Com a proximidade da revisão do tratado prevista para 2023, apesar das garantias de que o pagamento dos royalties não será suspenso, o aporte vem em boa hora. Para se ter uma ideia do que significam em valores, no ano passado foram repassados R$ 310,9 milhões a essas prefeituras. Com a nova lei, esse montante passa para R$ 449 milhões. Isso sem considerar outro detalhe: como o pagamento é em dólar, e a moeda norte-americana só que sobe, os repasses também crescerão. Sem dúvida, uma boa notícia para uma região que quase nunca é prioridade.