Nova Aurora – Quem viu a cena do acidente envolvendo duas carretas e dois carros no fim da manhã de ontem na BR-369, em Nova Aurora, temia pelo pior. O motorista de um dos veículos ficou debaixo da carreta. E ele saiu com vida.
Um aparato de socorro foi montado para resgatar o homem, que teve apenas ferimentos leves. Já o veículo ficou destruído, completamente amassado. “Incrível não ter traumas graves. A vítima foi atendida e está estável, e foi encaminhada para atendimento hospitalar”, relatou o diretor-técnico do Consamu, Rodrigo Nicácio.
A tensão era grande porque foi acionado resgate aéreo e o helicóptero do Consamu não conseguia levantar voo devido ao forte nevoeiro em Cascavel. Samu, Corpo de Bombeiros, Viapar e PRF (Polícia Rodoviária Federal) atenderam a ocorrência.
Você confere o vídeo com o socorro no site do Jornal O Paraná.
O acidente
Uma das carretas envolvidas saía de um posto de combustíveis quando tentou entrar no trevo de acesso a Nova Aurora. A outra carreta, que vinha pela rodovia no sentido a Cascavel, tentou desviar, mas bateu na frente da outra carreta e tombou, atingindo dois carros.
A carga de milho se esparramou sobre a pista, que foi interditada. Ao todo, foram quatro vítimas atendidas, mas todas sem gravidade.
Um motorista que vinha do Município de Xanxerê (SC) viu o acidente e quase foi atingido: “É um trecho muito perigoso. O pessoal pega embalo, precisava ter uma lombada eletrônica para que os motoristas respeitassem um pouco mais. Além de pagarmos um pedágio caro e a rodovia não ser duplicada”, acrescentou.
Serviço aeromédico reduz em 25% mortes por acidentes
O serviço aeromédico do governo do Estado tem sido essencial para diminuir os índices de mortalidade prematura por doenças cardiovasculares e acidentes graves de trânsito. Desde 2014, quando foi reorganizado no Paraná, as mortes por infartos e acidentes caíram 25%. Com o serviço ativo, o tempo de resgate em chamados de urgência e emergência, e também de transporte de pacientes de um hospital a outro, é muito menor que os feitos por terra.
“Os atendimentos são muito mais rápidos e isso diminui os riscos de morte e também de sequelas”, garante o diretor do serviço aeromédico, Vinicius Filipack.
Há cinco bases do serviço no Estado: Curitiba, Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, a última inaugurada em março deste ano, que, juntas, cobrem 100% do território paranaense.
De janeiro a junho, 1.344 pacientes foram atendidos por uma das seis aeronaves adaptadas como UTI móvel: são cinco helicópteros e um avião.
De 2014 para cá, o número de atendimentos passou de 10 mil e nenhum paciente veio a óbito dentro de uma aeronave.
O serviço atende das 7h às 19h, porque a aeronave só pode sobrevoar do nascer ao pôr do sol.
Cada base opera dentro de um raio de cerca de 250 quilômetros, distância pré-determinada pela central reguladora do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência). “Mas, caso a aeronave de Cascavel esteja em atendimento e haja outra ocorrência na região, deslocamos outra para prestar o socorro”, disse a coordenadora do Samu de Ponta Grossa, Adriana Pacholok.