Dez anos após o crime, a Justiça determinou que a Prefeitura de Cascavel deve pagar indenização de R$ 100 mil e pensão mensal à família de Eduardo Henrique Kauva, 17 anos, morto a tiros por um guarda patrimonial que não tinha autorização para estar armado.
A morte aconteceu durante uma abordagem em 2009, na região sul de Cascavel. Um grupo de jovens estaria batendo em placas na rua e, ao serem abordados por dois guardas patrimoniais que estavam nas proximidade, Eduardo teria questionado a forma de abordagem quando começou a ser agredido com cassetetes. Em nova tentativa de questionamento do rapaz, o guarda teria atirado contra ele por pelo menos três vezes e saído do local na sequência. Eduardo morreu na hora.
A mãe da vítima moveu a ação. Por conta da informação de que o rapaz já trabalhava quando foi morto, além da indenização justificada pelo modo violento como o jovem morreu, a pensão foi estipulada. Ela será de dois terços de um salário mínimo da data da morte até a data em que a vítima faria 25 anos e um terço do salário até a data que ele completaria 65 anos.
A sentença define que o valor será pago pela prefeitura e que o autor do crime, o ex-guarda patrimonial Luiz Carlos Lara de Souza, deverá recompensar os valores aos cofres públicos.
O que diz a prefeitura
A Prefeitura de Cascavel, por meio da Procuradoria Jurídica, informou que o Município ainda não foi intimado da decisão, mas que cabe recurso da sentença.