Curitiba – A Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba, com agentes do núcleo de Guarapuava, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), realizou nessa quinta-feira (19) uma ação conjunta a fim de cumprir 30 mandados judiciais (14 de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão) contra suspeitos de fazerem parte da organização criminosa de estelionatários que vendiam carros com documentos falsos em diversas regiões do Paraná. A operação foi em Guarapuava.
Participaram da operação 36 policiais civis e seis agentes do Gaeco. Foram presas 14 pessoas em Guarapuava e Curitiba, dois carros apreendidos em Guarapuava, além de celulares e documentos falsos. Ainda em Curitiba, um veículo GM Cruise, também foi apreendido. A operação se estendeu a Maringá, onde há indícios de que o bando também atuava. No mês de junho deste ano a polícia prendeu o chefe da organização criminosa.
As investigações se iniciaram há seis meses, a partir de um fato ocorrido em Curitiba, quando duas mulheres conseguiram vender um veículo Hyundai/HB20 para uma empresa de automóveis da capital. “Iniciamos as diligências, qualificamos os suspeitos e, com a evolução da investigação, verificamos que se tratava de uma organização criminosa de Guarapuava que venderia veículos adulterados a pessoas de boa fé por todo o estado do Paraná”, disse o delegado operacional da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, Victor Bruno da Silva Menezes, responsável pela ação.
Investigações paralelas em Curitiba e Guarapuava apuraram que os bandidos compravam veículos roubados principalmente na capital e na Região Metropolitana e os ocultavam em Guarapuava, adulterando os sinais e obtendo documentos falsos de carros com as mesmas especificações. Em seguida, os veículos eram anunciados em sites de venda na internet.
“Eles atuavam anunciando os veículos em sites de vendas e conversavam com possíveis compradores através de números de celulares e aplicativo de mensagem, cedidos nos anúncios. Em seguida se encontravam com documentos de identidades, de propriedade e transferência dos veículos falsos para efetuar a negociação. Os suspeitos se dirigiam a um cartório e a um despachante da região com a finalidade de efetivar a transferência do veículo. Em muitos casos a transferência ocorria com êxito”, esclarece Menezes.
Além dos golpes aplicados na capital, a quadrilha também agiu vendendo veículos irregulares em outras localidades, como Pitanga, Cascavel, Pinhais e Cidade Gaucha. Entre os crimes cometidos pela quadrilha estão receptação, adulteração de sinais de veículos, falsificação de documentos e estelionato. Ainda não foram identificados os suspeitos dos roubos dos veículos, provavelmente encomendados pelos receptadores. As investigações seguem a fim de identificar todos os envolvidos na quadrilha.