Cascavel – Foi realizada ontem no Fórum de Cascavel uma audiência de transação entre o advogado de defesa de Alessandro Meneghel, Cláudio Dalledone, e o policial federal Gregori Rafael Antunes, amigo de Alexandre Drummond Barbosa, morto pelo ruralista em abril de 2012, em frente a uma casa noturna na região central de Cascavel.
Meneghel move um processo de calúnia contra Gregori por supostos relatos feitos pelo policial ao Ministério Público. Esta foi a segunda audiência do processo e nela o acusado rejeitou proposta para que o processo fosse arquivado. Com a negativa, uma nova audiência será marcada para que Gregori seja julgado de fato.
Conforme Dalledone, os relatórios feitos ao MP não condizem com a verdade. Nós já tivemos decretadas duas prisões baseadas em informações inverídicas, injuriosas e caluniosas. O Alessandro e a família dele não vão admitir mais nenhum tipo de afirmação como coronéis, coronelismo e coisas do gênero, disse o defensor.
Dalledone afirmou ainda que a atitude do policial federal teve como objetivo perturbar o bom andamento do processo, além de tentar jogar a sociedade contra o ruralista. De certa forma se tentou [jogar a sociedade contra ele], mas as informações eram tão vazias que isso acabou revertendo contra ele [Gregori], comentou.
Para Gregori, as afirmações feitas por Meneghel e seu advogado são totalmente infundadas. Segundo o policial, Dalledone teria dito em entrevista que a Polícia Federal deveria filtrar mais as informações que recebe. Há um filtro sim. Recebemos mais de uma centena de denúncias desde o homicídio, e dessas uma meia dúzia foi trazida ao MP, ressaltou.
TRANSFERÊNCIA
Enquanto a audiência transcorria no Fórum de Cascavel, Alessandro Meneghel era transferido para a PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel). Preso novamente na sexta-feira, o ruralista passou o fim de semana na carceragem da 15ª SDP (Subdivisão Policial). Segundo Cláudio Dalledone, um habeas corpus já foi impetrado junto à Justiça para que Meneghel volte à prisão domiciliar.