Foz do Iguaçu – Os ministros da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça; e da Secretaria-Geral, Jorge Antonio de Oliveira, participaram na tarde dessa segunda-feira (24) de uma apresentação da Polícia Federal sobre a conclusão da 22ª fase da Operação Aliança, realizada em parceria com a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), do Paraguai, neste mês de agosto.
Em dez dias de operação, foram incineradas 658 toneladas de maconha, eliminados 1.790 quilos de semente, erradicados 127 hectares de plantio e destruídos 70 acampamentos clandestinos no país vizinho. “É a maconha que deixa de entrar para o nosso país”, resumiu o delegado Elvis Secco, coordenador-geral da Política de Repressão de Drogas e Facções Criminosas da Polícia Federal. Segundo ele, o Paraguai produz 10 mil toneladas da droga por ano e 80% são traficadas para o Brasil.
Para o ministro André Mendonça, os resultados da Operação Aliança mostram a tolerância zero dos governos do Brasil e do Paraguai com a criminalidade: “Temos a missão de erradicar a criminalidade organizada no nosso país e só podemos fazer isso com a aliança com nossos irmãos paraguaios”.
O ministro disse ainda que o governo federal pretende aumentar o efetivo da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal nos próximos anos.
Itaipu
O encontro aconteceu no PTI (Parque Tecnológico Itaipu) e contou com a presença do diretor-geral brasileiro da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, demais diretores da Itaipu, além de autoridades das áreas de defesa e segurança pública do Brasil, representantes do governo paraguaio e dos governos do Paraná e de Foz do Iguaçu.
“A usina hidrelétrica de Itaipu está entre as principais estruturas estratégicas do País, portanto, tudo que diz respeito à segurança pública nos interessa”, disse Silva e Luna, que completou: “Temos uma fronteira binacional de 190 quilômetros, sendo 170 quilômetros só referente ao Lago de Itaipu. O governo do presidente Jair Bolsonaro tem sido enfático no combate ao crime organizado”.
O diretor lembrou ainda as parcerias com órgãos federais de defesa e segurança pública para proteção da usina hidrelétrica e da população do seu entorno.
Ciof
Antes de acompanharem a solenidade do balanço da Operação Aliança, os ministros e as demais autoridades visitaram as instalações do Ciof (Centro Integrado de Operações de Fronteira), estrutura que ocupa uma área de 600 metros quadrados no PTI e que recebeu investimentos de R$ 2,9 milhões da Itaipu Binacional.
Inspirado na experiência de escritórios de monitoramento dos Estados Unidos, chamados de Fusion Centers, o Ciof tem o objetivo de intensificar a integração entre os órgãos de segurança pública, fortalecer a fiscalização das fronteiras e combater o crime organizado.
O centro trabalha no comando e no controle de operações ostensivas – abrangendo uma área do Mato Grosso do Sul à fronteira com Argentina e Paraguai – e apoia as investigações em todo o País.