Policial

Mulher de policial morto em Maringá confessa o crime

A mulher do policial encontrado morto dentro da própria casa na manhã desta segunda-feira (6), em Maringá, no norte do Paraná, confessou o crime e alegou legítima defesa, segundo a Polícia Civil. Ela foi ouvida e liberada no início da tarde desta segunda-feira (6).

Pela manhã, o filho do casal chegou a ser levado para a delegacia pela Polícia Militar (PM). Porém, como a mãe assumiu o crime, ele foi liberado após prestar depoimento.

De acordo com a PM, que atendeu a ocorrência, o investigador Adalton Torres, de 56 anos, foi atingido por um disparo de arma de fogo no rosto. Torres estava na Polícia Civil havia 35 anos e trabalhava no 3° Distrito Policial.

Agressão
De acordo com o delegado de Homicídios Diego Almeida, o crime ocorreu depois que a mulher e o filho do policial estiveram na delegacia para denunciá-lo por agressão e ameaça de morte.

Na noite de domingo (5), foi a primeira vez que os dois procuraram a polícia para registrar um Boletim de Ocorrência contra o investigador, mas para o delegado a questão da violência doméstica ocorria há muito tempo.

“Quando o policial ficou sabendo que os dois estavam na delegacia, a confusão ficou muito maior. O investigador foi até a delegacia, foi contido por outros policiais e, para acalmar os ânimos, os próprios policiais civis encaminharam a mulher e o filho até um hotel. A mulher resolveu voltar para casa, foi agredida pelo agente e quando o policial dormiu ela o matou. Foi isso que ela nos disse. A esposa assumiu a autoria do crime relatando que sofria há muitos anos, inclusive ela está com vários hematomas pelo corpo”, detalhou o delegado.

Ele afirma que a suspeita responderá em liberdade. “Todas as evidências indicam que foi ela, realmente, que praticou o crime, e não o filho. Ela vai responder em liberdade e, durante a finalização do inquérito policial, nós vamos analisar se representaremos por alguma medida cautelar em face dela”, explica o delegado.

O tenente da Polícia Militar (PM) Ulisses de Deus Gomes informou que a esposa confessou ter matado o marido e que há indícios que apontam que o filho também esteja envolvido.

“Tudo está sendo apurado, apesar da mulher dele [policial civil] ter afirmado que praticou o crime, existem indícios de que o filho tenha envolvimento. A esposa já informou que vai se apresentar na delegacia juntamente com o advogado”, detalhou o policial.