Policial

Gaeco caça foragidos da quarta fase da Operação Publicano

Prejuízo já comprovado ao Estado passa de R$ 732 milhões

Londrina – A 4ª fase da Operação Publicano, deflagrada na quinta-feira, ainda não chegou ao fim. Homens do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) procuravam ontem os últimos quatro auditores implicados no escândalo da Receita Estadual de Londrina, cujo prejuízo já comprovado ao Estado passa de R$ 732 milhões.

Lidio Franco Samways Júnior, Gilberto Della Colleta e Clóvis Rogge, todos de Curitiba, e Djalma Correa, de Londrina, são dados como foragidos desde anteontem, quando 41 pessoas foram presas. O também auditor Cláudio Tosato, de Londrina, será preso assim que retornar da viagem iniciada na quarta-feira, com autorização judicial.

De acordo com as investigações do Ministério Público, os auditores corruptos identificavam empresas que deviam impostos ao Estado, abordavam os donos e cobravam propina para reduzir ou anular o valor das dívidas.

Ainda na quinta-feira (3), os presos de Londrina foram ouvidos na sede do Gaeco, mas não colaboraram. Na sexta (4), o Gaeco ouviu várias pessoas levadas à sede do órgão por condução coercitiva e na segunda-feira tentará ouvir os presos de Curitiba.

Propina milionária

A investigação da 4ª fase da Operação Publicano revelou que Clóvis Agenor Roggê, ex-diretor-geral da Secretaria Estadual da Fazenda e ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual, participou de um acordo de R$ 1 milhão em propina envolvendo a Indústria e Comércio Hidromar Ltda, de Londrina. Parte do dinheiro teria sido entregue no prédio da própria Secretaria de Estado da Fazenda, em Curitiba.