Diante de tantas mortes provocadas pela pandemia de covid-19 e outras, não pensamos como homem moderno vivendo uma evolução cibernética, mas pensamos que o mundo está em regeneração.
No século XV, o renascimento veio projetar o homem com a ideia de dignidade, isto é, acima da natureza, como um ser que domina a racionalidade, a moralidade, a ética, a técnica, a arte.
O homem não aceitava críticas, estava no centro do Universo. “O Homem Vitruviano”, arquitetado por meio de conceitos de obra “De Arquitetura”, do arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio, depois o célebre Leonardo da Vinci o projetou representando o ideal da beleza e da harmonia nas proporções, até hoje é considerado um exemplar ideal do ser humano. Foi criado à proporção áurea e a sua representação fora a filosofia, a relação, a divindade-matéria.
O homem, na busca de uma solução para os males da natureza, acaba se envolvendo com problemas políticos, geográficos e antropológicos e rivaliza o poder econômico em detrimento de uma solução humanista fraterna e universal.
Sartre, filósofo francês, na obra O Existencialismo é um Humanismo, relata: Humanismo é um absurdo, pois só cachorro ou cavalo poderia emitir um juízo de conjunto sobre o homem e declarou que o homem é admirável.
Blaise Pascal, defendia a ordenação do pensamento para buscar a dignidade do homem.
O Humanismo foi um dos principais movimentos filosóficos que mudaram os rumos do conhecimento, mas a ideia principal e original foi pretenciosa demais.
O homem de hoje pratica a ciência em vários países, rompendo a barreira dos idiomas e permitindo um atendimento em conjunto e com as mesmas regras e orientações combatendo um inimigo comum: o corona, que já vinha sendo estudado em animais havia muitos anos e com vacinas em preparo.
O Humanismo avançou, teve características diferentes e é encarado como humanismo religioso, humanismo marxista, humanismo existencialista, mas o homem que está no comando dos vários países está bloqueado por uma imagem que deve ser mostrada ao mundo com perfeccionismo, com liderança, mas também com complacência, com bondade, irritando e provocando a raiva dos dirigentes que dele depende. Gosta de ser visto como humanista, que se preocupa com as causas sociais e com a caridade, mas muitas vezes esconde o egoísmo e a vaidade atrás de entraves burocráticos.
Ao analisarmos as diferentes linhas de divulgação de notícia, vemos que, em diferentes meios de comunicação, as vacinas são eficazes e são a única salvação, em outros, estão escassas e protegem parcialmente.
Alguns países não vendem os componentes, outros não são reconhecidos. Os contratos de vendas são autoritários e difíceis de serem aceitos, os produtos ainda são classificados de direita, de esquerda ou centro. O turismo vacinal começa a aparecer para aqueles de maior poder aquisitivo. A economia interna está em pânico pois a frequência de vendas caiu vertiginosamente.
Os contratos futuros e as promessas de venda são esperança para muitos.
Não existem oráculos nem projetos, existem realistas, uns mostrando o copo vazio e outros o copo meio cheio, e, desde que possamos filtrar as notícias e cantar e ouvir músicas no horário dos informativos, seremos mais felizes.
Vamos sorrir, ser solidários, continuar a fraternidade e esperar que “tudo muda, tudo passa, Só Deus não muda, Só Deus basta”. (Tereza D’Ávila) (1515 – 1582), doutora da Igreja.
Dr. José de Jesus Lopes Viegas Médico CRM/PR 5279
Presidente da Associação Médica