Cotidiano

Zâmbia lança controverso plano para abater 2 mil hipopótamos

RIO — O governo da Zâmbia decidiu ressuscitar um plano de abate de hipopótamos que havia suspendido no mês passado. De acordo com ambientalistas, a medida pode provocar a morte de até 2 mil animais ao longo de cinco anos.

O governo sustenta que existe uma superpopulação de hipopótamos, e como os níveis d’água estão baixos, não é possível sustentar os hipopótamos e outras espécies selvagens. Esses animais também seriam propagadores de doença conhecida como antraz.

Críticos afirmam que não existem dados científicos que sustentam as alegações. Além disso, afirmam que os hipopótamos serão vendidos como troféus para caçadores que pagam pelo direito de abater animais selvagens.

Segundo Will Travers, presidente da ONG Born Free Foundation, não existe uma epidemia de antraz e os níveis de água são os maiores dos últimos cinco anos.

O governo suspendeu os abates no dia 14 de junho, após protestos de ativistas. Contudo, em reunião no dia 22 do mesmo mês, funcionários do governo decidiram seguir em frente com o plano.

— Existe muito esforço pela frente — disse Travers à revista “New Scientist”. — Mas no momento, eu não consigo ver como eles podem justificar o que está acontecendo.