Cotidiano

Vendaval deixa rastro de destruição

Cafelândia – Três comunidades do interior de Cafelândia, Central Santa Cruz, Penha e São Valentin, foram atingidas por um forte vendaval na madrugada de ontem. O cenário evidencia a fúria do tempo. Árvores retorcidas e outras arrancadas com raiz do solo e lançadas em meio à plantação de milho, que por sua vez ficou no chão.

Apenas em uma propriedade, mais de 6 mil aves morreram e centenas ficaram agonizando prensadas por horas em meio aos escombros, até serem sacrificadas. Telhas, pedaços de tijolos foram arremessados contra árvores. Casas foram destelhadas. Partes de construção se “agarraram” às árvores que ficaram em pé.

A Prefeitura de Cafelândia montou uma força-tarefa para visitar os produtores e levantar os dados da destruição.

Muitas das estruturas atingidas estão seguradas, mas algumas residências não estavam inclusas no plano de seguro. Até o fim da tarde de ontem a comissão responsável pelo atendimento aos atingidos ainda não tinha um valor estimado de animais mortos e do prejuízo causado pelo vendaval.

Na principal estrada de acesso as comunidades, os voluntários tiveram muito trabalho para retirar as árvores e permitir o acesso para que a reconstrução e socorro às famílias pudessem começar. O trabalho foi estendido à igreja da comunidade e até uma escolinha foi danificada.

A produtora Eliane Inês Gonsatti não estava na propriedade no momento da catástrofe, e, atônita, olhava para o aviário que ficou completamente destruído em questão de minutos. “A família que aqui estava ficou muito assustada e, por Deus, foi salva sem ferimentos. Estão com muito medo e assustados”, disse.

Como a tormenta chegou de madrugada, por volta das 4h, ninguém a viu se formando. Para os moradores, o que ocorreu foi um vendaval. A reportagem ligou inúmeras vezes para o Instituto Simepar para que técnicos pudessem falar sobre o fenômeno e a velocidade do vento, mas ninguém atendia ou quando atendia não havia responsável para dar entrevista.

Poucas horas depois do temporal, o sol brilhava e era difícil de acreditar que tanta destruição aconteceu em um espaço de tempo tão curto.

As aves que sobreviveram serão sacrificadas hoje, conforme exigência da Vigilância Sanitária Nacional.