Cotidiano

Trump pede a Maduro libertação imediata de Leopoldo López

C4vql_JWMAARqrr.jpgWASHINGTON – O presidente americano, Donald Trump, se somou à campanha internacional a favor da libertação do líder opositor Leopoldo López, preso desde 2014. Num tweet, o chefe de Estado revelou um encontro com a mulher de López, a ativista Lilian Tintori, na Casa Branca. Eles foram acompanhados pelo senador republicano Marco Rubio.

“A Venezuela deveria permitir que Leopoldo López, preso político e marido de @liliantintori (que conheci com o senador @marcorubio) que saia da prisão imediatamente”, escreveu Trump no Twitter.

López está preso desde fevereiro de 2014, quando foi acusado pelo governo de comandar atos de violência nos protestos daquele ano que resultaram em 43 mortes. Sob críticas internacionais, seu julgamento resultou numa sentença de quase 14 anos de prisão, e é contestada por líderes políticos em todo o mundo.

Trump Tintori

Mais cedo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, subiu o tom contra os EUA e disse “não querer problemas” com o governo Trump após o Departamento do Tesouro incluir o vice-presidente Tareck El Aissami em uma lista negra do narcotráfico.

? Se nos agredirem, não ficaremos calados. A Venezuela vai fazer barulho, e vai fazer muito barulho. O imperialismo chegou a um nível de desprestígio jamais visto ? declarou Maduro em um ato público. conteúdo aissami

O governo venezuelano protestou nesta terça-feira contra as sanções que El Aissami sofreu, exigindo desculpas públicas do governo americano. Ele é investigado pelas autoridades americanas há anos por suspeita de participação em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, acusações que ele nega.

Aissami qualificou a punição de ?agressão imperialista? e prometeu continuar no governo para recuperar a economia em crise do seu país.

?A verdade é invencível e veremos como se desvanece esta infame agressão?, disse Aissami em sua conta do Twitter, após garantir que mantinha sua moral, convicção anti-imperialista e consciência chavista intactas.

? É uma agressão que a Venezuela responderá com equilíbrio e contundência ? afirmou Maduro, acrescentando que pediu à Chancelaria que envie uma nota de protesto a Washington e exija que o governo americano “se retrate e peça desculpas públicas” ao vice presidente.

Na segunda-feira, as autoridades americanas anularam o visto do vice venezuelano, confiscaram suas propriedades nos Estados Unidos e o proibiram de realizar transações financeiras ou comerciais com instituições do país. As acusações vêm da época em Aissami ainda era ministro, a partir de investigações das promotorias de Miami e Nova York. Já o diário espanhol ?ABC? escreveu, em 2015, que Aissami, de origem sírio-libanesa, se reuniu em 2013 com Ghazi Nasr al-Dine, terrorista do grupo radical Hezbollah.