Cotidiano

Trânsito será desafio para o futuro prefeito

O único dos sete candidatos que não respondeu ao questionamento do jornal foi Aderbal Mello (PT)

Cascavel – Na série de reportagens que vem publicando sobre alguns temas estratégicos que têm pautado a campanha eleitoral em Cascavel, O Paraná mostra nesta edição o que os postulantes à sucessão do prefeito Edgar Bueno pensam em fazer para minimizar um dos principais gargalos da cidade, que é a mobilidade urbana. O único dos sete candidatos que não respondeu ao questionamento do jornal foi Aderbal Mello (PT).

 

Professor Ivanildo (Psol)

“Na campanha municipal de 2008, o Psol e o PCB defenderam o passe livre para estudantes, que se tornou lei, sancionada, mas não executada. A tarifa de ônibus em Cascavel está entre as mais caras do Brasil. Nossa coligação propõe, igualmente, a criação do Fundo Municipal de Transportes e Planejamentos para a instituição de novas categorias de tarifa, bem como uma auditoria nas licitações da concessão dos serviços. Propomos, de modo especial, o término da perversa segregação entre periferia e centro. Para isso é necessário criar espaços de inclusão nos bairros denominados periféricos. Todavia, para permanecermos fiéis ao que temos defendido, as pessoas participarão da elaboração, execução e avaliação das iniciativas. Sem isso, a corrupção não será combatida e minimizada. Na democracia direta o povo governa e não apenas elege”.

 

Leonaldo Paranhos (PSC)

“Cascavel cresce apesar dos governos. Cresce pela força de trabalho de sua gente e pela força de sua economia baseada no agronegócio, no comércio, na prestação de serviços e por ser um polo universitário e um importante centro médico. O principal gargalo é a falta de infraestrutura e de visão de longo prazo. É fundamental viabilizarmos um aeroporto à altura da importância econômica da cidade e concretizarmos os projetos de duplicação das rodovias que dão acesso à cidade e que servem para escoar a nossa riqueza. Para isso é fundamental força política”.

 

Helio Laurindo (PP)

“Precisamos parar de olhar uma gestão para quatro anos. Cascavel, a exemplo de inúmeros municípios brasileiros que têm gestão técnica, requer um planejamento para 30, 40 anos. Mobilidade, estruturas públicas e serviços essenciais precisam de estudos avançados, incluindo parcerias com universidades. Cascavel cresce desordenadamente, mas há tempo para que tenhamos um avanço equânime em todos os setores, extinguindo problemas hoje já existentes, como também evitando futuros colapsos nos mais diferentes setores”.

 

Walter Parcianello (PMDB)

“O trânsito é um dos gargalos, por isso nossa preocupação com a
mobilidade urbana. Temos que desenvolver um projeto estratégico para integrar a potencialidade das nossas instituições de ensino
superior com segmentos da iniciativa privada, fomentar novas matrizes
geradoras de emprego, produção e serviços, e organizar os setores de
metal mecânica, moda têxtil, confecções e informática (software).
Investir também em um plano para a agroindústria com a participação da agricultura familiar, fomentar o turismo de eventos, negócios, lazer,
rural, esportivo, cultural e gastronômico. Criar um distrito para as
micro e pequenas empresas, organizar uma equipe de prospecção ao
incentivo de novas infraestruturas logísticas nos bairros, fortalecer a
Fundetec para que possa fomentar a pesquisa, desenvolvimento de
incubadoras para a produção e comercialização de produtos”.

 

Marcos Vinícius (PSB)

“De fato, Cascavel é uma cidade que cresce permanentemente. Ela está construída em base sólida, mas necessita muita atenção para que seu crescimento seja permanentemente sustentável. Nós pretendemos dar um atendimento especial à mobilidade urbana nos diversos modais de deslocamento com atendimento a ciclovias, com atendimento ao pedestre, com atendimento ao carro e às motocicletas e, principalmente, prioridade absoluta ao transporte público. Vamos atentar para que tenhamos vias rápidas em locais adequados por meio da implantação de binários e que tenhamos também os locais prioritários ao transporte público, com uma atenção especial aos nossos trabalhadores. São gargalos que precisam ter a nossa atenção para que tenhamos uma cidade com crescimento sustentável”.

 

 

Marcio Pacheco (PPL)

“As regiões em franca expansão sofrerão um esgotamento no trânsito se nada for feito, como a criação de novas avenidas e a ampliação de algumas já existentes. Além disso, será necessário ampliar a largura de algumas ruas para dar condições de o trânsito fluir de forma mais ordenada e dar segurança à população. Nossa gestão criará uma rede de ciclovias, integrando as que estão sendo criadas para permitir ao cidadão sair de uma região da cidade para outra com segurança e rapidez. No entanto, o transporte coletivo representa um modal importante em nossa visão. Não adianta implantar canaletas exclusivas na região central se nos bairros onde o trabalhador vive os horários não satisfazem a necessidade dos usuários. Vamos tirar da gaveta o projeto de criação do Ippuvel, que terá o papel de pensar e planejar o desenvolvimento urbano de Cascavel. Não podemos mais ficar à mercê de pessoas que ampliam a área urbana segundo os seus interesses”.