Cotidiano

Toledo começa a elaborar Plano para recuperar Mata Atlântica

Toledo – Uma reunião importante aconteceu na sede regional do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) em Toledo na segunda-feira (25) com os integrantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente. Na reunião ordinária do conselho, foi apresentado e aprovado o plano de trabalho para o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica. A apresentação do trabalho foi realizada pelo biólogo Sérgio Morato, da STCP Engenharia, empresa contratada para elaboração do documento.

Segundo a bióloga da Secretaria de Meio Ambiente, Lilian Cardoso, foi aprovado o plano de trabalho, que contempla a metodologia da coleta de dados, a participação do conselho, as reuniões com a população e como vai ser realizado o estudo como um todo. “O próximo passo é o diagnóstico da situação atual da Mata Atlântica no Município de Toledo”, informou Lilian.

A STCP ficou responsável pelo projeto, que contará com a realização de um diagnóstico da situação atual da cobertura vegetal do Município, incluindo avaliações da riqueza e diversidade da vegetação nos principais remanescentes florestais locais, mapeamento da cobertura vegetal e uso do solo local, proposição de cenários, e um plano de ações.

O projeto prevê vários momentos participativos (reuniões) com a comunidade rural e urbana. A elaboração de Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica ainda está em uma fase inicial de implantação em todo o País. Em 2017, a STCP elaborou, para a Prefeitura de Toledo, o Plano de Ação e Estratégias para a Biodiversidade de Toledo, segundo estudo nessa modalidade para o País e cujos resultados já vêm sendo utilizados como modelo para outros municípios em todo o Brasil.

Lilian disse que a elaboração do plano municipal vai ter uma implicação muito positiva para o Município, “pois poderá gerenciar melhor o nosso território. A Mata Atlântica é uma das florestas mais ameaçadas do mundo que tem um percentual de menos de 8% do que anteriormente ocupava. É um bioma que é produtor de água e está extremamente ligado com vários serviços ecossistêmicos que dependem a nossa sobrevivência como produção de água, como polinização, como autodepuração, ciclagem de nutrientes. Então manter esse bioma, cuidar e resguardar é uma obrigação legal”, salienta.

Ela acrescentou ainda, que a Lei 11.428/06 diz que cada município que está na área de abrangência desse bioma precisará fazer seu plano. “Vamos fazer uma reunião com a comunidade e o Conselho está acompanhando o processo”.