Cotidiano

Termina vigília em frente a apartamento de Lula, no ABC paulista

SÃO PAULO – Terminou por volta das 8h20m desta segunda-feira a vigília em frente ao apartamento onde mora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Um grupo de apoiadores do ex-presidente organizou uma vigília para protestar contra uma eventual prisão de Lula. Segundo a Polícia Militar, cerca de 200 pessoas estavam no local e não houve incidentes.

O grupo, que chegou na noite de domingo, colou cartazes em postes e lixeiras com os dizeres ?Não à prisão de Lula?. O evento foi convocado pelo Facebook, após a publicação de uma notícia no Blog da Cidadania de que Lula poderia ser preso nesta segunda-feira.

No fim de fevereiro, uma semana antes da Justiça Federal decidir pela condução coercitiva do ex-presidente para prestar depoimento em um inquérito da Lava-Jato, esse mesmo blog havia publicado uma notícia sobre a quebra de sigilo bancário de Lula. O suposto vazamento foi investigado pela Polícia Federal.

Lula é réu em três ações penais, que correm em Brasília e Curitiba. Na última quinta-feira, a Justiça Federal de Brasília aceitou abrir processo após receber a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) de que Lula teria recebido dinheiro da Odebrecht por meio de palestras feitas no exterior para defender interesses da empresa.

Também em Brasília, Lula é acusado de tentar obstruir a Justiça ao supostamente tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. A terceira ação contra o ex-presidente tramita em Curitiba, onde ele é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões da OAS, de forma dissimulada, por meio de um tríplex no Guarujá, litoral paulsita, e do armazenamento do acervo da Presidência da República.

A defesa de Lula nega todas as acusações. Segundo os advogados, o ex-presidente nunca defendeu o interesse de nenhuma empresa, tem como comprovar que fez todas as palestras que foram contratadas, não interferiu no depoimento de Cerveró e nunca foi proprietário do apartamento do Guarujá, que continua em nome da OAS.