Cotidiano

Taxistas protestam e fecham ponte

Há conflitos entre taxistas, mototaxistas e também entre condutores de vans que ganham a vida na fronteira entre os dois países

Foz – Não é de hoje que há ferrenha disputa pelo transporte de passageiros que visitam Foz do Iguaçu de olho em compras do outro lado da fronteira, nas lojas de Cidade do Leste (Paraguai). Há conflitos entre taxistas, mototaxistas e também entre condutores de vans que ganham a vida levando e buscando compristas que diariamente circulam entre os dois países.

No fim de semana, um grupo de taxistas de Foz do Iguaçu fechou a Ponte da Amizade na tentativa de chamar a atenção de autoridades brasileiras para mais uma atitude que eles consideram temerosa. O problema está em uma regra que taxistas do país vizinho decidiram adotar na tentativa de garantir mais clientes e elevar o faturamento.

Os taxistas de Cidade do Leste passam a trabalhar para que o passageiro que entra no Paraguai não volte ao Brasil com o mesmo profissional que o levou. Em represália, taxistas de Foz se unem para evitar que os paraguaios peguem passageiros do lado de cá da fronteira. A medida fere um acordo assinado há alguns anos e que permite, nos dois casos, que o taxista que atravessa a ponte retorne ao seu país de origem com o mesmo passageiro.

Erickson Vieira, profissional do volante há muitos anos, afirma que os paraguaios estão ferindo o tratado. “Mesmo que os nomes constem na lista na aduana, como de praxe, a orientação é simplesmente ignorada”. Na tentativa de evitar o clima ainda mais tenso, taxistas apelam às prefeitas Ivone Barofaldi, de Foz, e Sandra Zacarias, de Cidade do Leste, para que se encontrem e definam o fim da polêmica.