Cotidiano

Subsídios para financiar operações de crédito saltam 53% em 2016

BRASÍLIA – O Tesouro Nacional divulgou relatório nesta quarta-feira detalhando o impacto, nos cofres públicos, dos subsídios pagos pela União para financiar empréstimos via BNDES e dentro do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Os números mostram que o governo desembolsou, em 2016, R$ 10,2 bilhões, ou 53%, a mais do que em 2015 para bancar a diferença entre o custo de captação do Tesouro e o custo contratual dos empréstimos concedidos ao BNDES.

No total, foram desembolsados R$ 29,156 bilhões no ano passado, ante R$ 18,969 bilhões em 2015. O Tesouro não explica no texto, contudo, o motivo desse salto.

Por outro lado, o estudo mostra um encolhimento do PSI. Os subsídios financeiros (a diferença entre a taxa de juros recebida pelo financiador dos empréstimos concedidos no PSI e a taxa de juros paga pelo mutuário) caíram de R$ 9,8 bilhões para R$ 9,4 bilhões.

A previsão do Tesouro é que esses subsídios caiam ao longo desse e dos próximos anos: para 2017, por exemplo, a expectativa é gastar R$ 6,3 bilhões com o PSI e R$ 14,9 bilhões para financiar empréstimos. Em 2018, o desembolso deve ser de R$ 3,8 bilhões com o PSI e de R$ 10,7 bilhões com operações de crédito.

O pagamento adiantado de R$ 100 bilhões pelo BNDES à União contribui para essa queda. O documento mostra que, não fosse isso, o impacto nesse ano com subsídios para financiar empréstimos seria de R$ 18,6 bilhões, quase R$ 4 bilhões a mais do que o previsto.