Cotidiano

Sobe para 85 o número de denunciados por corrupção

As primeiras 40 foram denunciadas dentro do inquérito da Polícia Federal entregue no início deste mês

Foz do Iguaçu – Sem contar o prefeito Reni Pereira e a primeira-dama e deputada estadual Claudia Pereira, cuja suspeita de envolvimento está em análise pelo TRF da 4ª Região pelo fato de ambos terem foro privilegiado, já chegou a 85 o número de pessoas denunciadas pela força-tarefa da Operação Pecúlio. Todas teriam participação no maior escândalo de corrupção da história de Foz do Iguaçu que, segundo as investigações, teriam desviado perto de R$ 5 milhões em recursos de obras do PAC e serviços do SUS.

As primeiras 40 foram denunciadas dentro do inquérito da Polícia Federal entregue no início deste mês. E ontem o Ministério Público Federal incluiu na lista mais 45 nomes, entre eles mais um secretário municipal e cinco vereadores. Isso coincidiu com a terceira fase da Operação Pecúlio, deflagrada para cumprir mais nove mandados de prisão e 22 de busca e apreensão.

“São 85 denunciados, entre outros, pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato e fraude em licitação”, apontou a procuradora Daniela Caselani Sitta durante entrevista coletiva concedida juntamente com os delegados da PF Fabio Tamura e Fabiano Bordignon. Tamura, por sua vez, ressaltou que as investigações ainda não chegaram ao fim e que novas prisões e denúncias podem ser feitas em breve.

AGENTES PÚBLICOS

A fase desenvolvida ontem teve como alvo novos agentes públicos suspeitos de envolvimento na fraude milionária. A ação policial de ontem teve por objetivo prender o secretário municipal de Saúde, Gilber da Trindade Ribeiro; seu antecessor na pasta, o ex-secretário Charles Bortolo; o ex-secretário de Obras, Evori Roberto Patzlaff; mais os servidores Marli Terezinha Telles e Reginaldo da Silveira Sobrinho (ambos da Saúde), Valter Martin Schroeder Júnior, Valter Martin Schroeder, Luiz Carlos Alves (todos da Fazenda) e Girnei de Azevedo (Obras). Também foram registradas duas prisões por porte ilegal de arma. Desses todos, apenas Marli não foi encontrada.