Cotidiano

Shailene Woodley será julgada em janeiro por protestar contra oleoduto

RIO e EUA ? A atriz Shailene Woodley irá a julgamento no estado de Dakota do Norte no começo do ano que vem. No começo do mês, ela foi presa com outros 27 ativistas que protestavam contra a construção do oleoduto Dakota Access, que passa perto de reservas indígenas. Shailene Woodley presa

Solta no dia seguinte, a Tris, da franquia “Divergente”, transmitiu sua prisão ao vivo pelo Facebook. Na semana passada, ela se declarou inocente das acusações de invasão de propriedade e perturbação da ordem pública.

Documentos do tribunal indicam que o julgamento de Shailene está previsto para 25 de janeiro, na corte estadual de Mandan. Se for considerada culpada, a atriz poderá passar 60 dias na cadeia e ser condenada a multas de até US$ 3 mil.

A tribo sioux Standing Rock busca impedir a construção do oleoduto previsto para custar US$ 3, 8 milhões sob o argumento de que o abastecimento de água poderia ser contaminado, além de violar um antigo cemitério indígena. Protestos em apoio a tribos locais vem sendo realizados há meses, contabilizando 269 prisões até o último domingo.

Na quinta-feira, a estrela de “A culpa é das estrelas” publicou um artigo na revista “Time“, dizendo que foi preciso que uma pessoa branca fosse presa para o assunto receber a devida atenção.

“Crescemos romanceando a cultura indígena, a arte indígena, a história indígena? sem conhecer a realidade indígena”, critica a atriz em um momento, chamando atenção para a pouca visibilidade que os povos originais dos Estados Unidos recebem, apesar de diversos elementos culturais, como mocassins e miçangas, terem sido incorporados pelo mainstream.

“Não tenho medo. Estou agradecida, e maravilhada de estar ao lado de tantos guerreiros pacíficos. Os ‘protestos’ de Standing Rock são feitos como cerimônias e orações. Estive com eles. E todas essas narrativas sobre tumultos? Assista ao vídeo que transmiti no meu Facebook e decida quem oferece mais perigo: a polícia, paramentada para o confronto e armada de cassetetes, ou as avós e crianças que cantam e espalham sálvia”, continuou ela, terminando o texto com um chamado para que mais pessoas participem da causa.