Cotidiano

Sem procura, número de orelhões deve ser reduzido a até um por cidade

BRASÍLIA – Sem demanda em um país com mais linhas de telefonia celular do que pessoas, os orelhões podem estar, de fato, diante do seu fim da maneira como os percebemos. A ficha caiu nesta quinta-feira, quando a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou minuta do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU) alterando radicalmente as obrigações das concessionárias. Pela proposta, a nova regra seria instalar apenas um orelhão por municípios.

As exceções ocorrerão quando houver significativa circulação de pessoas em determinado local ou por solicitação de entidades públicas para instalação de mais equipamentos em certa região.

? Diante das informações de declínio no tráfego de chamadas de TUP (orelhões), considera-se que sua instalação em locais de significativa circulação de pessoas, mediante solicitação, atende melhor aos interesses da população do que a implantação desses terminais a esmo, baseado meramente em distância predefinida ? disse o conselheiro Otávio Luiz Rodrigues Júnior, relator do tema na Anatel, em apresentação aos colegas.

A Anatel debateu nesta quinta-feira metas para as concessionárias de telefonia até 2020 e a migração das concessões para contratos de autorização, conforme a nova Lei Geral de Telecomunicações aprovada pelo Congresso neste mês.