Cotidiano

Sem ônibus, população opta por usar transportes alternativos

Nova rodada nas negociações deve acontecer na quinta-feira

Cascavel – No segundo dia da greve do transporte coletivo de Cascavel, quem aproveitou para faturar um dinheiro a mais foram os mototaxistas e os proprietários de vans e ônibus escolares. Nesta terça-feira (12), às 9h, um motorista já tinha levado mais de 80 pessoas do terminal oeste ao leste, e a tendência, segundo ele, era aumentar.

Segundo Edson de Almeida, que disponibilizou dois veículos para transportar os passageiros, o custo médio é de R$ 5.

“Depende da distância que a pessoa ia percorrer. Não é justo eu cobrar o mesmo valor para ficar no centro ao que vai para o terminal”.

Já do outro lado do terminal, os mototaxistas aguardavam os clientes. No primeiro dia, conforme Dulyan Stocberl, o movimento foi intenso.

“Até o meio-dia, por exemplo, fiz mais corridas do que um dia todo de trabalho”.

A diarista Marlene Lassarassi, saiu de casa, no Bairro Pacaembu, às 6 horas da manhã para chegar em uma consulta médica agendada para às 8 horas.

“Sabia que não ia ter ônibus e era algo que não conseguiria reagendar. Andei cerca de 10 quilômetros a pé e estou no terminal há 15 minutos esperando um ônibus para voltar pra casa e ir trabalhar”.

A Polícia Militar precisou intervir em vários horários nos terminais de transbordo e também na garagem das empresas. O motivo é o fato de que os motoristas que estão paralisados tentaram impedir a saída dos veículos dos dois locais. A greve começou na segunda-feira e uma nova rodada nas negociações está prevista para quinta-feira (14).